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Estados Unidos / Rússia

Biden mostra-se firme no seu primeiro contacto com Putin

O novo Presidente americano Joe Biden manteve nesta terça-feira o seu primeiro contacto telefónico com o seu homologo russo, Vladimir Putin, desde que ascendeu ao poder há uma semana. Durante esta conversa, foi abordada a perspectiva do prolongamento por mais cinco anos do seu tratado 'New Start' para a redução do arsenal nuclear, mas foram igualmente evocados assuntos menos consensuais como o tratamento reservado por Putin aos seus opositores.

O Presidente americano expessou a sua preocupação ontem ao Presidente Putin relativamente ao tratamento reservado aos manifestantes e aos opositores russos.
O Presidente americano expessou a sua preocupação ontem ao Presidente Putin relativamente ao tratamento reservado aos manifestantes e aos opositores russos. © JIM WATSON, Alexander NEMENOV AFP/Arquivo
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Antes mesmo deste primeiro contacto, na passada sexta-feira, o Kremlin saudou a intenção manifestada pela nova administração americana de prolongar o tratado russo-americano 'New Start' para reduzir a proliferação de armas nucleares. Neste sentido, segundo o Kremlin, no seu primeiro contacto com o seu homologo americano, Putin apelou a uma normalização das relações bilaterais, o que segundo ele "tomaria em consideração os interesses dos dois países, mas também de toda a comunidade internacional".

Muito embora o tom do lado de Washington não deixe de ser conciliante, uma vez que Biden deixou aberta a porta a uma cooperação da mesma natureza no tocante ao dossier nuclear iraniano, durante esta primeira conversa ocorrida dias depois de ter, em primeiro lugar, falado com os seus aliados europeus e o secretário-geral da NATO, Joe Biden marcou uma mudança de abordagem comparativamente ao seu antecessor, Donald Trump, que pretendia “chegar a um entendimento com Moscovo”.

Ao evocar nomeadamente o tratamento reservado aos manifestantes pelas forças de segurança russas bem como o envenenamento do opositor Alexei Navalny que foi preso mal regressou ao seu país, o novo Presidente americano expressou a sua preocupação. Uma posição já assumida pelo novo conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, que no passado dia 17 de Janeiro garantiu que "os ataques do Kremlin" contra Alexei Navalny "não são apenas uma violação dos Direitos Humanos, mas uma afronta ao povo russo que querem que sua voz seja ouvida”.

Também menos brandos foram os termos usados para evocar os recentes ciberataques contra as instituições federais americanas atribuídas à Rússia, os prémios que terão sido pagos por Moscovo para os Talibãs matarem soldados americanos no Afeganistão, assim como a possível interferência russa nas eleições americanas de 2020. "O Presidente Biden indicou claramente que os Estados Unidos agirão com firmeza para defender os seus interesses nacionais em resposta às acções da Rússia que nos prejudicam ou prejudicam os nossos aliados”, indicou um comunicado ontem da Casa Branca recordando ainda que Washington apoia a “soberania da Ucrânia”.

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