Acesso ao principal conteúdo
União Europeia / Rússia

Eurodeputados reclamam demissão do chefe da diplomacia europeia depois da sua visita a Moscovo

A visita na passada sexta-feira de Josep Borrell à Rússia para reclamar a libertação de Alexeï Navalny e durante a qual, em resposta, Moscovo anunciou a expulsão de três diplomatas europeus pela sua alegada participação em protestos a favor do opositor russo, tem estado a causar agitação em Bruxelas. Numa petição, eurodeputados reclamam a demissão do chefe da diplomacia europeia na sequência desta deslocação que qualificam de “humilhante”.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, tem sido severamente atacado por eurodeputados depois da sua controversa visita na semana passada a Moscovo.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, tem sido severamente atacado por eurodeputados depois da sua controversa visita na semana passada a Moscovo. © Ministério dos Negócios Estrangeiros russo/AFP/Arquivo
Publicidade

Riho Terras, eurodeputado da Estónia, enviou uma carta à Presidente da Comissão da União Europeia pedindo-lhe que demitisse Josep Borrell. O parlamentar que garante ter recolhido numerosas assinaturas, considera que “o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia manipulou Borrell, humilhou-o, atacou os aliados da Europa, os Estados Unidos e atacou a União Europeia".

Tal não é contudo a apreciação de Josep Borrell que nos próximos dias deveria prestar contas aos seus detractores. Para o diplomata, a Rússia perdeu uma oportunidade de dialogar.

Entretanto, antes mesmo deste frente-a-frente, os países cujos diplomatas foram expulsos na sexta-feira pela Rússia, já tomaram medidas.

Ontem, a Alemanha, a Polónia e a Suécia anunciaram praticamente em simultâneo a expulsão de diplomatas russos dos seus respectivos territórios em represálias da expulsão de diplomatas seus por terem alegadamente participado em manifestações “ilegais” de apoio ao opositor Alexeï Navalny, no passado dia 23 de Janeiro, em São Petersburgo e Moscovo.

Algo “inaceitável e incompatível com o estatuto” desses diplomatas, segundo as autoridades russas, mas que Berlim, Varsóvia e Estocolmo justificaram como sendo uma tentativa de “se informar por meios legais sobre a evolução da situação no terreno”, quando ontem anunciaram as suas medidas de retaliação contra a Rússia.

"Infundada" e "hostil", foram entretanto os qualificativos utilizados por Moscovo ao referir-se à decisão desses países europeus, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo tornando a denunciar a “ingerência” ocidental nos assuntos internos da Rússia.

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.