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Coreia do Sul/Coreia do Norte

Coreia do Sul: demissão do ministro da Unificação

O Presidente Moon Jae-In aceitou nesta sexta-feira o pedido de demissão do ministro sul-coreano da Unificação, Kim Yeon-chul, perante a deterioração das relações entre as duas Coreias, que atravessam o pior momento desde o acordo militar de 2018.

Presidente sul-coreano Moon Jae-in (dir.) e o l1der norte-coreano Kim Jong-un, celebram acordo militar, em Panmunjeon, na zona desmilitarizada entre as duas Coreias, a 27 de abril de 2018.
Presidente sul-coreano Moon Jae-in (dir.) e o l1der norte-coreano Kim Jong-un, celebram acordo militar, em Panmunjeon, na zona desmilitarizada entre as duas Coreias, a 27 de abril de 2018. Korea Summit Press Pool/Pool via Reuters
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O ministro sul-coreano da Unificação, Kim Yeon-chul, responsável pelos assuntos relacionados com o norte, pediu a sua demissão, esta quarta-feira (17/06) um dia depois da destruição, pela Coreia do Norte, do gabinete de relações inter-coreano, situado em Kaesong, perto da fronteira entre os dois países, dando a entender que "assume as responsabilidades" na deterioração das relações inter-coreanas.

Nesse mesmo dia Pyongyang anunciou o reforço da sua presença militar na denominada Zona Desmilitarizada, que separa as duas Coreias.

Desde o início de junho, Pyongyang multiplica as declarações agressivas contra o vizinho do sul, sobretudo contra os desertores norte-coreanos, apelidados de "podridão humana" e "cães, bastardos, podres", que utilizam balões para lançar panfletos criticos ao regime comunista de Kim Jong-Un

Analistas consideram que Pyongyang tenta provocar uma crise para pressionar Seul a obter concessões dos Estados Unidos, sobre as sanções à Coereia do Norte e seu programa nuclear e balístico.

As relações inter-coreanas sofrem sucessivas escaladas de tensão, apesar das expectativas criadas nas três cimeiras ocorridas em 2018, entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que culminaram num acordo militar, destinado a aliviar as tensões na fronteira entre os dois países.

Washington apelou a Coreia do Norte a retomar "o caminho da diplomacia", mesmo se Pyongyang encerrou praticamente as relações com Seul, após o fracasso da cimeira de Hanói em fevereiro de 2019, entre Kim Jong-Un e o presidente americano Donald Trump.

Desde então, as negociações entre Washington e Pyongyang sobre os programas de mísseis nucleares e balísticos da Coreia do Norte estão paralisadas, mas a Coreia do Norte efectuou vários testes de mísseis nucleares nos últimos meses

Kim Yeon-chul, um professor universitário muito comprometido e amigo do Presidente Moon Jae-In, foi nomeado para o ministério da Unificação em março de 2019, poucas semanas depois do encontro de Hanói.

A Guerra da Coreia entre 1950 e 1953 terminou com um armistício, que nunca foi substituído por um acordo de paz, o significa que os dois vizinhos permanecem, tecnicamente, em guerra.

 

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