Coreia do Norte: Kim Jong-Un "reaparece" após três semanas de especulações ?
Na Coreia do Norte, após três semanas sem ser visto e especulações sobre o seu estado de saúde, reapareceu em publico o dirigente Kim Jong-un, de acordo com a agência estatal norte-coreana, o líder participou sexta-feira na inauguração de uma fábrica de fertilizantes
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A imprensa oficial da Coreia do Norte divulgou este sábado ( (02/05) fotografias de Kim Jong-Un, no seu pripmeiro aparecimento público após quase três semanas de especulações, segundo as quais ele estaria gravemente doente ou mesmo morto.
A agência de notícias norte-coreana KCNA informou, que o líder tinha inaugurado na sexta-feira (1/05) uma fábrica de fertilizantes em Sunchon, a norte da da capital Pyongyang, na companhia de autoridades e de sua irmã e conselheira, Kim Yo Jong, mas até ao momento não foi possível autentificar o seu "reaparecimento".
O líder norte-coreano não aparecia em público desde 11 de abril e no dia seguinte, a mídia estatal afirmou que ele inspecionava uma base militar.
As interrogações sobre a saúde de Kim Jong-Un surgiram devido à sua ausência nas comemorações do 15 de abril, dia mais importante do calendário político da Coreia do Norte, quando todo o país comemora o nascimento do fundador do regime, o seu avô Kim Il-Sung.
As especulações sobre o estado de saúde do líder norte-coreano partiram a 21 de abril no "Daily NK", um jornal digital dirigido principalmente por cidadãos norte-coreanos no exílio, que citando fontes não identificadas no país, afirmava que Kim Jong Un teve de se submeter a uma cirurgia cardíaca urgente, devido ao cigarro, à obesidade e ao cansaço.
O canal norte-americano CNN informou que os Estados Unidos estavam "a analisar estas informações".
Moon Chung-In, conselheiro especial de Segurança Nacional do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, minimizou estes rumores, afirmando que Kim Jong-un estava "vivo e bem", e que se encontrava desde 13 de Abril em Wonsan, uma localidade costeira do leste da Coreia do Norte.
As preocupações com o "desaparecimento" de Kim Jong-un revelam a falta de preparação da comunidade internacional para a instabilidade na Coreia do Norte, considerou Leif-Eric Easley, professor de Estudos Internacionais na Universidade Ehwa, de Seul.
"Se as fotos do seu reaparecimento forem autênticas, a lição que se tem que aprender, é que o mundo terá que ouvir mais o governo sul-coreano e menos fontes anónimas e rumores nas redes sociais", acrescentou.
A saúde do líder norte-coreano é um segredo de Estado, num país fechado, onde não há liberdade de imprensa e onde as fronteiras foram encerradas para evitar a propagação da pandemia de Covid-19 de que oficialmente a Coreia do Norte não registou nenhum caso.
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