Christo foi um artista plástico que destoou de tantos outros pela monumentalidade de algumas das suas obras, em locais já de si referências cimeiras da arquitectura.Foi o caso da mais antiga ponte de Paris, paradoxalmente chamada Pont Neuf, ou ainda do parlamento alemão, o Reichstag.Ele privou de perto com artistas portugueses em Paris nos anos 50, caso da madeirense Lourdes Castro, que testemunhou à rfi sobre o artista e o amigo.O adido cultural da embaixada portuguesa na capital francesa, João Pinharanda, comentou também o legado do artista búlgaro que acaba de falecer.
Christo embalou a ponte parisiense Pont Neuf em 1985 e em 1995 o parlamento alemão Reichstag, respectivamente, a sua veia criativa trá-lo-ia de volta à capital francesa.
A pandemia de Covid-19 acabou por vir a adiar o seu projecto de embalar o emblemático Arco do Triunfo, ainda assim o projecto deveria sobreviver ao artista.
Não obstante a sua morte em Nova Iorque a 31 de Maio passado o artista búlgaro deveria ter a sua obra realizada em Paris no próximo ano.
Um artista que teve em comum muitas amizades com artistas portugueses que, desde os anos 50 como ele, afluiram a Paris.
É o caso de Lourdes de Castro, uma madeirense que manteve com ele uma amizade sólida ao longo das décadas, nomeadamente devido ao grupo KWY que reuniu artistas, sobretudo portugueses, mas não só.
Um projecto no qual Christo também se implicou, uma revista alusiva de doze números ou de exposições concertadas com a esposa Jeanne Claude de Guillebon, entretanto falecida em 2009.
Por seu lado João Pinharanda, adido cultural da embaixada portuguesa em Paris, frisou também a ligação à lusofonia e aos artistas portugueses mantida por Christo.
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