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Arte/Christo

Mundo homenageia artista Christo, o homem que ia embrulhar o Arco do Triunfo

Christo foi uma das grandes referências da arte contemporânea. O búlgaro faleceu em Nova Iorque com 84 anos. Após se ter notabilizado mundo fora ao embrulhar a ponte mais velha de Paris, Pont Neuf, ou ainda o parlamento alemão, o Reichstag, o artista plástico deveria embrulhar o parisiense Arco do Triunfo, a obra deveria ir para a frente em 2021 de 18 de Setembro a 3 de Outubro.

Artista búlgaro Christo Vladimirov Javachef, mais conhecido como "Christo" faleceu em Nova Iorque com 84 anos, aqui numa fotografia de arquivo a 18 de Junho de 2018.
Artista búlgaro Christo Vladimirov Javachef, mais conhecido como "Christo" faleceu em Nova Iorque com 84 anos, aqui numa fotografia de arquivo a 18 de Junho de 2018. © AFP/Arquivos
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O presidente francês sublinhou que Christo tinha "a loucura das grandezas e o génio do esplendor" "transformando edifícios e paisagens do mundo em acontecimentos poéticos".

Uma exposição ser-lhe-á dedicada no Centro parisiense Georges Pompidou a partir de 1 de Julho será, segundo Emmanuel Macron como "a homenagem da França a este artista que ele amava e que ela também amava".

O seu projecto para embrulhar o Arco do Triunfo, um dos principais monumentos da capital francesa, "confirmava o seu amor pela capital" afirmou, por seu lado, a edil parisiense, Anne Hidalgo.

Enquanto Jack Lang, actual presidente do Instituto do mundo árabe, ex ministro da cultura, sublinhou os "tantos entraves administrativos com que ele lidou, tantos preconceitos contra uma arte que muitos pensavam ser inútil, falsa e sem envergadura".

O artista instalou-se nos anos 50 em Paris onde viveu alguns anos.

Christo integrou mesmo o grupo KWY congregando, sobretudo, artistas portugueses radicados em Paris e que veio a editar doze números de uma revista e levar a cabo projectos de exposições.

Foi o caso de Lourdes  Castro, a artista lusa, oriunda da Madeira, manteve uma amizade com Christo desde a semana em que ambos chegaram a Paris, nos anos 50, até hoje.

Castro recordou à rfi os projectos que os reuniram, incluindo exposições em Lisboa e, mesmo, um mergulho nas águas do Oceano Atlântico, perto do Funchal, na Praia Formosa, sublinhando que este sempre a manteve ao corrente dos projectos que tinha, caso do Arco do Triunfo, adiado em Paris devido à pandemia de Covid-19, ou ainda no Dubai.

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Lourdes Castro, artista portuguesa, amiga de Christo

Também o artista português Jorge Martins conheceu Christo, primeiro em Lisboa, e, posteriormente em Paris.

Em entrevista à rfi ele começa por se referir à primeira exposição de obras de Christo que ele viu no final dos anos 50 em Portugal e, posteriormente, às obras que mais o notabilizaram além fronteiras como o Pont Neuf de Paris ou o Reichstag de Berlim que, segundo ele, alteraram a percepção que tinhamos desses dois monumentos emblemáticos das capitais francesa e alemã.

00:58

Jorge Martins, artista português, amigo de Christo

 

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