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MYANMAR

Myanmar: Facebook bloqueia junta

O chefe das forças armadas de Myanmar, e outros 17 responsáveis da antiga Birmânia, tiveram as suas contas bloqueadas pela rede social Facebook. Uma medida da rede social que ocorre após um relatório da ONU ter denunciado o seu papel num "genocídio" contra os rohingyas.

Chefe do exército de Myanmar General Min Aung Hlaing a 19 de Julho de 2018.
Chefe do exército de Myanmar General Min Aung Hlaing a 19 de Julho de 2018. REUTERS/Ann Wang/File Photo
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O general Min Aung Hlaing, chefe das forças armadas de Myanmar, e cinco outros generais são visados pelas acusações da ONU, num documento de vinte páginas.

Para o relatório de investigação das Nações Unidas houve intenção em levar a cabo um "genocídio".

Cerca de 700 000 rohingyas, minoria muçulmana a quem Myanmar recusa atribuir a nacionalidade, foram obrigados a fugir para o vizinho Bangladesh há um ano.

Na altura as autoridades da antiga Birmânia tinham justificado a operação contra os rohingyas devido às acções armadas do ARSA, Exército de salvação dos rohingyas de Arakan.

Os rohingyas pedem agora à ONU para que leve os generais de Myanmar perante a justiça.

O porta-voz do governo daquele país asiático anunciou ter criado uma comissão de investigação e distanciou-se das conclusões da ONU, condenando também os bloqueios efectuados pelo Facebook.

O bloqueio de contas pela rede social Facebook, extremamente popular na antiga Birmânia, é um facto inédito.

O país conta com 18 milhões de contas no Facebook para uma população de 51 milhões de habitantes.

52 páginas foram encerradas, seguidas por 12 milhões de pessoas, nomeadamente a do general Min Aung Hlaing, chefe do exército de Myanmar.

Tanto o exército como monges budistas, tidos como extremistas anti-muçulmanos, têm utilizado com frequência o Facebook para a sua propaganda.
 

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