Myanmar: os rohingyas um ano depois
Há um ano, Myanmar lançou uma operação contra os muçulmanos rohingyas que levou à fuga de cerca de 700 000 pessoas para o vizinho Bangladesh. A Amnistia Internacional denuncia o facto de não terem sido responsabilizados na antiga Birmânia os responsáveis dos ataques visando essa minoria.
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A ong denuncia uma "limpeza étnica" num país essencialmente budista.
Aldeias de rohingyas foram incendiadas, teriam sido usadas minas terrestres, com registo de homicídios, violações, actos de torturas, recurso à fome das populações, expulsões forçadas, e demais violações de direitos humanos.
Desde então centenas de milhares de rohingyas continuam a viver na incerteza em campos no Bangladesh, país de que seriam originários os seus antepassados, pelo que Myanmar recusa dar-lhes a sua nacionalidade.
Um regresso a casa em condições próximas de uma cadeia ao ar livre não seriam equacionáveis para a Amnistia Internacional.
Esta organização não governamental identificou 13 pessoas ligadas ao exército da antiga Birmânia, incluindo o comandante das forças armadas de Myanmar, general Min Aung Hlain, pelo suposto envolvimento das mesmas nestes ataques contra os rohingyas.
Pedro Neto, director executivo desta ong em Portugal apela a que se faça justiça, para que sejam responsabilizados os dirigentes de Myanmar que estariam por detrás das perseguições que ocorreram há um ano.
Pedro Neto, director executivo da Amnistia Internacional de Portugal
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