Venezuela: repressão provoca novos protestos
Na Venezuela hoje manifestam-se músicos e artistas em homenagem aos mortos na repressão dos protestos que desde o início do mês passado fizeram já 37 mortos. Em causa a contestação ao presidente Nicolas Maduro, com em pano de fundo a crise humanitária provocada pelo impasse sócio-político. Neste sábado manifestaram-se as mulheres denunciando o regime de Nicolas Maduro.
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Faltam medicamentos, fraldas ou muitos alimentos na Venezuela.
Este país rico em recursos minerais, e nomeadamente em petróleo, atravessa uma grave crise humanitária que se traduz na fuga de milhares de pessoas rumo à Colômbia vizinha.
Mais de um milhão de portugueses residem na Venezuela, muitos dentre eles tentaram voltar a Portugal, nomeadamente à região autónoma da Madeira de onde são oriundos, situação que provoca grande preocupação junto das autoridades de Lisboa e do Funchal, respectivamente.
Caracas, a capital venezuelana, é tida como uma das cidades mais perigosas do mundo.
Nicolas Maduro preconizou esta semana a formação de uma assembleia constituinte, medida vista pela oposição, maioritária no parlamento, como um golpe de Estado.
Maduro sucedeu a Hugo Chavez, arauto da esquerda sul-americana, grande aliado de Cuba e opositor visceral do regime de Washington.
Os protestos têm-se sucedido a denunciar a repressão do regime venezuelano.
Confira aqui os audios de duas mulheres que integravam a marcha feminina neste sábado em Caracas em registos recolhidos pelo correspondente Julien Gonzalez.
Miriam Jorge é avó, tem 62 anos e não falhou nenhuma manifestação de há um mês a esta parte. Ela marchou neste sábado denunciando a repressão.
Miriam Jorge, venezuelana de 62 anos
Por sua vez Jileny Naja, que trabalha no sector farmacêutico, recusa-se a deixar o país com o seu filho de 16 anos, não obstante os elevados índices de criminalidade e a repressão do regime.
Jileny Naja, venezuelana com um filho de 16 anos
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