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"Fazer filmes para serem vistos" : Leonor Teles leva de Berlim Urso de Ouro

A curta-metragem portuguesa Balada de um Batráquio, da jovem realizadora Leonor Teles, ganhou o Urso de Ouro, da categoria, no 66 Festival Internacional de Cinema de Berlim.

Realizadora portuguesa Leonor Teles
Realizadora portuguesa Leonor Teles
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Um filme dentro da preocupação principal do Festival - imigração, exclusão, integração. São 11 minutos sobre a exclusão dos ciganos da sociedade portuguesa com o hábito supersticioso de se colocar, na montra das lojas, um sapo em porcelana para afugentar os ciganos. Leonor Teles, filha de pai cigano, formada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, utilizou os sapos para ironizar e denunciar o racismo anti-ciganos.

Para Leonor Teles este prémioé prova do esforço e reconhecimento de "um trabalho árduo que eu e a minha equipa fizemos ao longo de dois anos para fazer este filme e montar esta produção. Mais do que o prémio só o facto de o mostrar em Berlim, que é um festival enorme e onde as salas estão sempre cheias e o público adere em massa, é verdadeiramente o mais importante; fazer filmes para serem vistos".

A curta-metragem Balada de um Batráquio teve estreia mundial em Berlim e foi óptimo segundo a realizadora "melhor do que Berlim acho que é difícil, ainda por cima sendo um primeiro trabalho". Questionada sobre a problemática social e política conduzida na sua curta-metragem Leonor Teles responde que "um filme é um filme e acho que as pessoas depois de verem o filme podem fazer as suas próprias ilações".

Por enquanto a estreia da curta-metragem Balada de um Batráquio em Portugal ainda não tem data prevista, mas será para breve acrescentou Leonor Teles.

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Realizadora portuguesa, Leonor Teles

O Urso de Ouro para longa-metragem foi para o italiano Gianfranco Rosi e seu filme Fogo no Mar, documentário filmado em Lampedusa, sobre os migrantes vindos da África, via Líbia.

O melhor actor foi para o tunisiano Majd Mastoura, no filme Hedi de Moahmed Ben Attia ; melhor actriz, para a dinamarquesa Trine Dyrholm, no filme Comunidade, de Thomas Vinterberg

Melhor direção para Mia Hansen Love, com o filme O Futuro, com Isabelle Huppert, no papel principal. Premio Especial do Juri para Morte em Sarajevo, de Danis Tanovic. Melhor roteiro para Thomas Wasilewski, com o filme Estados Unidos do Amor.

O cinema português esteve em destaque no Festival de Cinema, pois participou da competição internacional das longas-metragens com o filme Cartas da Guerra, de Ivo Ferreira que, embora não premiado, foi bem recebido pela crítica e pelo público como reporta o nosso correspondente no Festival Internacional de Cinema de Berlim, Rui Martins.

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Correspondente em Berlim, Rui Martins

 

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