Parlamento alemão autoriza novo resgate à Grécia
A câmara baixa do parlamento alemão, Bundestag, aprovou hoje com larga maioria as negociações prevendo um terceiro plano de resgate à Grécia de mais de 80 mil milhões de euros. Foram, porém, vários os deputados conservadores a emitir dúvidas sobre a determinação grega em cumprir os compromissos.
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Ao todo foram 439 votos favoráveis ao plano de ajuda à Grécia, num total de 598 votantes em 631 deputados da Assembleia.
119 deputados votaram contra e 40 abstiveram-se.
No campo conservador da chanceler alemã, Angela Merkel, a CDU/CSU 60 deputados votaram contra e 5 abstiveram-se.
Já para o SPD, parceiro da coligação, votou de forma franca pelo programa de resgate.
Tratava-se da sexta vez desde 2010 que os deputados alemães se pronunciavam sobre uma ajuda à Grécia.
Este sinal verde do parlamento era a última condição para o arranque oficial das negociações sobre o programa.
A chanceler, Angela Merkel, e o seu ministro das finanças, Wolfgang Schäuble, tinham vindo advogar o "sim". A chanceler argumentando que se não se ajudasse de novo a Grécia então seria o "caos garantido".
Os deputados alemães tinham interrompido as suas férias para esta sessão excepcional.
A Alemanha é a primeira economia europeia e o maior fornecedor aos planos de ajuda implementados em prol dos países da zona euro. Sob pressão alemã o novo resgate a Atenas será feito mediante muito apertadas reforma reformas estruturais da economia helénica.
Os alemães eram favoráveis em 53% ao novo plano em prol da Grécia, de acordo com um estudo publicado hoje.
Eles eram, no entanto, hostis a tal apoio no início do mês.
O economista Domingo Luvumbo, em Munique, na Alemanha, em entrevista a Vítor Matias, estima que os países europeus têm de ser solidários, e fazer concessões.
Domingos Luvumbo, economista de origem angolana em Munique
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