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Grécia/Zona Euro

Grécia : Remodelação governamental "provavelmente" depois do voto no Parlamento

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, vai “provavelmente” avançar com uma remodelação governamental após o voto no Parlamento, esta quarta-feira à noite. A declaração foi feita pelo ministro grego da Economia, George Stathakis, numa altura em que várias vozes dentro do executivo se manifestam contra as novas medidas de austeridade.

"E agora?" questiona o autor deste graffiti pintado numa parede de Atenas esta terça-feira, 14 de Julho.
"E agora?" questiona o autor deste graffiti pintado numa parede de Atenas esta terça-feira, 14 de Julho. REUTERS/Yannis Behrakis
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Esta quarta-feira, os deputados deverão pronunciar-se sobre as reformas exigidas pela zona euro em troca do terceiro plano de ajuda financeira à Grécia. Depois disso, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, vai “provavelmente” fazer uma remodelação governamental, de acordo com o ministro grego da Economia, George Stathakis, entrevistado pela Bloomberg TV.

Dentro do executivo, foram várias as vozes que se manifestaram contra as novas medidas de austeridade e que devem deixar o governo, como Panagiotis Lafazanis, ministro da Energia e chefe da “Plataforma de Esquerda" (a ala esquerda do Syriza), e Dimitris Stratoulis, ministro da Segurança Social e antigo sindicalista que se opôs à reforma das pensões. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Nikos Chountis, tinha apresentado a demissão logo após o anúncio do acordo entre Atenas e Bruxelas e já avisou que vai votar contra o plano de medidas proposto pelo primeiro-ministro aos credores.

Vítor Vicente, residente em Atenas, sublinhou à RFI que a possibilidade de saída do euro não é de todo consensual apesar de os gregos considerarem que foi um erro a entrada da Grécia na união monetária.

Vítor Vicente, Residente em Atenas

 

Presidente francês quer um “parlamento da zona euro”

O presidente francês, François Hollande, disse, esta terça-feira, que gostaria que houvesse um “parlamento da zona euro” para reforçar a integração da zona monetária e tirar as lições da crise da dívida grega.

Na habitual entrevista televisiva do 14 de Julho em França, Hollande considerou que a Grécia não foi “humilhada” pelo acordo obtido em Bruxelas.

O presidente francês acrescentou que vai fazer “propostas” para a criação de “um governo económico europeu para travar as crises sucessivas na União Europeia”. Nesse sentido, Hollande declarou que Paris vai realizar um “documento” em conjunto com os seus “amigos alemães” para criar as bases do dito “governo económico europeu”, mas não avançou qualquer data.

Em Junho, os presidentes das instituições europeias já tinham entregue um relatório no qual defendiam um reforço da integração dos países do euro através de uma modificação dos tratados da União Europeia na próxima década.

 

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