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Afeganistão

Presidente afegão garante ajuda financeira internacional

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, anunciou nesta quinta-feira (4), durante uma conferência em Londres, que um novo governo será formado no prazo de um mês. O chefe de Estado conseguiu mostrar que está disposto a implementar reformas no país e conquistou a confiança da comunidade internacional, que reiterou seu apoio financeiro. As tropas da Otan se retiram do território afegão no final de dezembro. 

O presidente do Afeganistão Ashraf Ghani prometeu reformas durante a conferência com países doadores em Londres.
O presidente do Afeganistão Ashraf Ghani prometeu reformas durante a conferência com países doadores em Londres. REUTERS/Andy Rain
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Ashraf Ghani, que dirige o Afeganistão ao lado de Abdullah Abdullah, seu rival nas presidenciais nomeado chefe do executivo, está no poder desde setembro, mas ainda não conseguiu apresentar um governo. A demora vem afetando a confiança da comunidade internacional. Mas o chefe de Estado prometeu, durante a conferência de Londres, anunciar sua equipe nas próximas quatro semanas. “Queremos nomear pessoas competentes, determinadas, íntegras e que respeitem a transparência”, disse Ghani, que garante que quatro mulheres serão escolhidas para cargos de ministros.

As declarações do presidente afegão parecem ter convencido os representantes dos 59 países doadores reunidos em Londres. O grupo saudou a “primeira transição de poder democrática” da história do país, e reiterou seu apoio financeiro ao Afeganistão. A comunidade internacional, que havia prometido, em 2012, doar U$S 16 bilhões até 2015 ao governo afegão, em troca de reformas estruturais, renovou o acordo nesta quinta-feira, prometendo contribuir com o mesmo montante até 2017.

Afeganistão ainda tem caminho difícil pela frente, diz Cameron

Algumas reformas foram implementadas no Afeganistão nos últimos anos, principalmente no que diz respeito aos direitos das mulheres, o acesso ao sistema de saúde e a liberdade de imprensa. Para o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, os avanços conquistados são “extraordinários”, mas a questão da segurança ainda é o grande desafio para o país.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, co-organizador da conferência de Londres, vai além e afirma que “o caminho não será fácil”, já que atentados violentos continuam sendo registrados no território afegão e que o exército enfrenta a ameaça constante dos talibãs.

Ghani tentou mais uma vez tranquilizar a comunidade internacional e martelou que a paz é sua “primeira prioridade”. O presidente disse que espera não precisar mais de combatentes estrangeiros para garantir a segurança de seu país. Os norte-americanos e os britânicos prometeram apoiar o novo governo de união afegão mesmo após a retirada das tropas combatentes da Otan. A missão da Otan termina no final deste ano. No entanto, cerca de 12.500 soldados, entre eles 9.800 norte-americanos, devem permanecer no Afeganistão para ajudar e formar o exército local.

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