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Afeganistão/Presidência

Afeganistão tem a primeira transição democrática de sua história

Ashraf Ghani assumiu o cargo de presidente do Afeganistão nesta segunda-feira (29) no lugar de Hamid Karzai, marcando a primeira transição democrática da história do país. Mas o novo chefe de Estado vai dividir o poder com seu adversário nas eleições, Abdullah Abdullah, que contestou o resultado do pleito.

O novo presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani (d), durante o discurso de posse ao lado de seu rival, Abdullah Abdullah (e).
O novo presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani (d), durante o discurso de posse ao lado de seu rival, Abdullah Abdullah (e). AFP PHOTO/SHAH Marai
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A cerimônia de posse, realizada no palácio presidencial em Cabul, coloca um ponto final em três meses de um impasse político que começou logo após as eleições de 14 de junho. Após um pleito repleto de fraudes, Ashraf Ghani e seu rival Abdullah Abdullah reivindicavam a vitória.

Diante da pressão da ONU e dos Estados Unidos para uma saída da crise política, na semana passada os dois candidatos aceitaram formar um governo de união nacional no qual Abdullah terá o cargo de Chefe Executivo, assumindo a função equivalente a de um primeiro-ministro, algo inexistente até então no sistema político afegão. Já Ghani, considerado vencedor do pleito, com mais de 55% dos votos, ficou com a presidência.

Cansados da guerra

Durante seu discurso, o novo chefe de Estado frisou que “um governo de união nacional não significa que vamos dividir o poder, e sim trabalhar juntos”. Ghani também convidou os talibãs e os demais movimentos armados a participarem das negociações de paz. “Estamos cansados desta guerra”, completou o presidente. A questão da segurança é uma das prioridades de Ghani, um economista de 65 anos de idade, que já trabalhou para o Banco Mundial e foi ministro das Finanças do Afeganistão entre 2002 e 2004.

Apesar dos pedidos de paz lançados pelo novo chefe de Estado, um kamikaze explodiu uma bomba nas redondezas do aeroporto de Cabul poucos minutos antes do discurso de posse do presidente. Sete pessoas – quatro responsáveis pela segurança e três civis – morreram no atentado. Outras oito pessoas também morreram vítimas de um ataque terrorista na província de Paktia, no leste do país.

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