Cúpula da Liga Árabe em Bagdá discute soluções para conflito sírio
Começou na manhã desta terça-feira, em Bagdá, a Cúpula da Liga Árabe, evento que não era sediado na capital do Iraque desde 1990. O conflito na Síria estará no centro das discussões.
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O encontro anual da Liga Árabe foi iniciado com a participação de ministros da Economia para discutir questões ligadas ao turismo, à água e aos desastres naturais. Na quinta-feira, com a chegada dos chefes de Estado, os países membros devem decidir que medidas tomar para acabar com o crise na Síria.
Grande parte deles é contra a tática de armar os rebeldes para tirar o presidente sírio, Bashar al-Assad, do poder. Já alguns países do golfo pérsico, como o Catar, consideram o apoio aos rebeldes sírios como a única saída para acabar com a sangrenta repressão do governo sírio, que já fez mais de nove mil mortos.
A expectativa é que a cúpula proponha que o presidente sírio renuncie ao cargo a favor do seu vice-presidente, que assumiria o país até as próximas eleições presidenciais.
Forte esquema de segurança
O encontro em Bagdá conta com um forte esquema de segurança, com mais de 100 mil homens. Na semana passada, a rede Al Qaeda explodiu um carro bomba na capital iraquiana, matando 50 pessoas.
Apesar da tensão, o encontro da Liga Árabe em Bagdá marca a volta do Iraque ao cenário internacional. O país não organizava o evento há 22 anos, desde a invasão do Kuwait.
Durante todos esses anos que o Iraque ficou marginalizado na Liga Árabe, a Síria contava com um grande prestígio e participava de todas as grandes decisões da cúpula. Hoje, é a vez do país sírio, que está suspenso da Liga desde novembro, enfrentar o isolamento no mundo árabe.
Colaboração de Karina Hermesindo, correspondente da RFI em Abu Dhabi.
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