Bagdá vive novo atentado, em meio a crise política
Cinco pessoas foram mortas e 32 feridas em um ataque suicida com carro-bomba contra o Ministério do Interior, no centro da capital iraquiana, Bagdá, nesta segunda-feira. Há quatro dias, uma série de atentados tomaram a cidade.
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Quinta-feira, ao menos 60 pessoas foram mortas. No domingo seis integrantes das forças de segurança, foram executados. No dia 18 de dezembro, aconteceu a retirada de soldados americano, depois de nove anos de presença militar no país.
Nesse contexto violento, um pedido de prisão foi emitido há uma semana contra o vice-presidente sunita, Tarek al-Hachémi, acusado de financiar ações terroristas executadas por seus guarda-costas.
Refugiado no Curdistão, região autônoma no norte do país, al-Hachémi, acusa o primeiro-ministro xiita, Nouri al-Maliki. Em entrevista a Agence France Presse, AFP, ele declarou que não retornaria a Bagdá para ser julgado, alegando que o sistema judiciário do país está sob o controle do governo.
O vice-presidente reconheceu a participação de seus seguranças em ações terrorista, mas continua negando seu próprio envolvimento. Ele considera a a possibilidade de um exilio. A Turquia se mostrou susceptível a um pedido de asilo.
O Iraque está imerso em uma crise política entre xiitas e sunitas. O grupo parlamentar sunita, do qual faz parte o vice-presidente decidiu boicotar o Parlamento e o governo, para denunciar o autoritarismo de al-Maliki, que reagiu ameaçando a demissão de seus noves ministros sunitas.
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