Moçambique: refugiados em Nampula pedem protecção do ACNUR
Refugiados em Nampula exigem libertação de 20 colegas desaparecidos do Centro de Refugiados de Maratane há uma semana e pedem protecção e segurança ao Alto comissariado da ONU para os Refugiados - ACNUR.
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Um grupo de refugiados amotinou-se frente ao escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados - ACNUR - na cidade de Nampula, no norte de Moçambique para alertar sobre o desaparecimento, segundo os mesmos, de vinte colegas levados pela polícia na última quinta-feira (17/01) e que estariam em paradeiro incerto.
Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo
Sem gravar entrevistas por temerem represálias, alguns elementos do Centro de Refugiados de Maratane dizem viver nos últimos dias num clima de medo e terror pelas acções protagonizadas pelos agentes da lei e ordem.
A policia através do seu porta voz em Nampula Zacarias Nacute reagiu à situação, afirmando que "esses indivíduos não são dirigidos a parte incerta, são dirigidos a diversas unidades que nós temos a nível da nossa província, possivelmente por porte de documentos falsificados, porque temos registado um nível acrescido de indivíduos que falsificam os documentos de refugiados, para poderem ter a permanência aprovada no território nacional".
Os cerca de 12 mil refugiados de diferentes nacionalidades são na sua maioria oriundos de países africanos onde se registam conflitos político-militares como a República Democrática do Congo, Burundi, Ruanda, Somália e Etiópia.
Os residentes no Centro de Refugiados de Maratane em Nampula, que é o primeiro e maior centro de acolhimento em Moçambique, exigem também protecção e melhores condições de vida.
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