Acesso ao principal conteúdo
Moçambique

Filipe Nyusi pede "decisões" sobre capacidade de resposta do exército em Cabo Delgado

Discursando na abertura do XXIV Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional em Maputo, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, pediu hoje “decisões” sobre a capacidade de resposta das Forças Armadas em Cabo Delgado, nomeadamente com reservistas, na perspectiva da retirada a prazo das forças estrangeiras que apoiam o exército moçambicano na luta contra os grupos terroristas.

Presidente Moçambicano, Filipe Nyusi (imagem de arquivo)
Presidente Moçambicano, Filipe Nyusi (imagem de arquivo) AFP
Publicidade

São necessárias “decisões concretas sobre a capacidade de resposta das Forças Armadas em relação à sua acção no combate ao terrorismo em Cabo Delgado no período após a retirada das forças amigas da SAMIM e do Ruanda”, declarou o Presidente Nyusi ao preconizar que as Forças Armadas avaliem igualmente “a forma de melhor capitalizar o manancial de reservistas, empenhando-os directa ou indirectamente em várias missões em prol da defesa da soberania e integridade territorial do país."

Declarações proferidas numa altura em que a União Europeia refere estar a avaliar a possibilidade de alargar a sua missão de treinamento das Forças Armadas para o combate ao terrorismo em Cabo Delgado, na perspectiva da saída das forças estrangeiras presentes no terreno.

Recorde-se que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) aprovou no passado mês de Agosto a prorrogação da missão em Cabo Delgado, Moçambique, por 12 meses, até Julho do próximo ano. De acordo com as recomendações de uma missão de avaliação divulgadas em Julho, a retirada completa dos militares da SAMIM deveria ser feita de forma gradual até Julho de 2024.

Por outro lado, o chefe de Estado moçambicano também lançou um apelo para que “todos os moçambicanos, sem qualquer distinção de raça, credo ou cor partidária, no sentido de contribuir para a pacificação e projecção de Moçambique para a prosperidade”, referindo que “o exemplo claro são as Forças Armadas e de Defesa, que não vestem nenhuma cor senão a que se cobrem, a bandeira nacional."

Nesta intervenção em que não mencionou a situação de impasse resultante da contestação dos resultados das eleições autárquicas do mês passado, o chefe de Estado comparou o país a uma "nave na qual todos nós, moçambicanos, navegamos rumo ao progresso e felicidade" e considerou que "por isso, (os moçambicanos) não devem embarcar em actos ou atitudes que concorram para a sua destruição e queda, sob o risco de todos sucumbirem”.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.