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Moçambique

Frelimo lamenta mortes durante marchas contra resultados das autárquicas

A Frelimo lamenta a ocorrência de mortes, embora não avança os números, nas manifestações de protesto contra os resultados das eleições autárquicas de 11 de Outubro. O partido que suporta o governo condena os actos de vandalismo e de confrontos entre os manifestantes e a polícia registados na passada sexta-feira em várias cidades, incluindo a capital, Maputo. 

Manifestantes entram em confronto com a polícia de choque durante uma marcha de protesto contra os resultados das sextas eleições autárquicas, anunciados a 28 de Outubro pela Comissão Nacional Eleitoral, que deu vitória à Frelimo, o partido no poder, em 64 das 65 autarquias do país. Maputo, 27 de Outubro de 2023.
Manifestantes entram em confronto com a polícia de choque durante uma marcha de protesto contra os resultados das sextas eleições autárquicas, anunciados a 28 de Outubro pela Comissão Nacional Eleitoral, que deu vitória à Frelimo, o partido no poder, em 64 das 65 autarquias do país. Maputo, 27 de Outubro de 2023. LUSA - LUISA NHANTUMBO
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Para a comissão política do partido que suporta o governo e vencedor das sextas eleições autárquicas, segundo dados avançados pela Comissão Nacional de Eleições, as marchas de protesto contra os resultados são de condenar. Ludmila Magune, porta-voz da Frelimo, enunciou o manifesto.  

A Frelimo "condena veementemente os incidentes registados que culminaram com a perda de vidas humanas e feridos, a destruição de bens públicos e privados reiterando o apelo ao diálogo construtivo" disse a responsável política.

Uma condenação e apelo da Frelimo que não avança o número de óbitos, numa altura em que a Renamo através do seu cabeça de lista na cidade de Maputo, Venâncio Mondlane, convocou para esta quinta-feira, uma nova marcha de protesto contra os resultados.

"Vamos retomar as marchas para celebrar a nossa vitória da cidade de Maputo. Portanto, na quinta-feira às 9 horas é a nossa concentração na Praça da Juventude em Magoanine", disse Venâncio Mondlane.

Hoje quarta-feira, os partidos políticos da oposição, Renamo e o MDM boicotaram a sessão de perguntas ao governo que decorre até amanhã, quinta-feira, na Assembleia da República. 

No âmbito desta sessão, o ministro moçambicano do Interior, Pascoal Ronda, disse que a polícia apreendeu 59 engenhos explosivos de fabrico artesanal nas mãos de manifestantes contra os resultados das eleições autárquicas, 55 dos quais na cidade de Maputo e quatro na cidade de Nampula.

De acordo com o governante, na sequência dos actos violentos associados às eleições autárquicas, foram detidas um total de 237 pessoas, 149 na província de Nampula, 33 na província da Zambézia, 23 na cidade de Maputo, 16 na província do Niassa, 11 na província de Sofala e cinco na província de Tete.

Neste sentido, Pascoal Ronda sublinhou que "todas as detenções ocorridas no âmbito das manifestações resultam da violação da lei e não de qualquer pertença a qualquer filiação partidária".

O ministro indicou ainda que uma pessoa perdeu a vida em Nacala e quatro agentes da polícia ficaram feridos, incluindo um que teve um dos braços amputados.

Ontem, por sua vez, a ONG Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD), deu conta de um balanço de 6 mortos e 15 feridos graves durante os incidentes registados na passada sexta-feira em vários pontos do país.

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