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Moçambique

Moçambique distancia-se do nitrato de amónio que terá explodido em Beirute

Pronunciando-se ontem pela primeira vez sobre a recente explosão alegadamente provocada por quase 3 mil toneladas de nitrato de amónio no porto de Beirute que teriam como destino final Moçambique, o executivo de Maputo não confirmou nem desmentiu essa informação, o governo moçambicano tendo chamado a atenção para que não se problematize a situação e se aguarde pelos resultados do inquérito das autoridades libanesas.

Sacos de nitrato de amónio.
Sacos de nitrato de amónio. AFP - ERIC CABANIS
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Segundo informações circulando desde a semana passada, a referida carga que terá explodido no passado dia 4 de Agosto, era material proveniente da Geórgia que seguia rumo à cidade da Beira mas que acabou por ser confiscado pelas autoridades libanesas após o navio que o transportava ter ficado bloqueado no porto de Beirute em 2013.

Ao admitir que uma empresa moçambicana tinha efectivamente encomendado nitrato de amónio naquele período, o governo moçambicano distanciou-se da eventualidade de o material que terá provocado as explosões em Beirute ser precisamente aquele que tinha como destino o porto da Beira, justifica o porta-voz do Conselho de ministros Filimão Suaze.

«As informações para as entidades portuárias relativamente à chegada de um navio ou não, são feitas num intervalo que vai de 7 a 15 dias, o que significa que se este navio chegou a Beirute em 2013, as autoridades moçambicanas que estariam envolvidas no processo de autorização e outros trâmites processuais, nem tinham como ter tomado conhecimento de efeito. Aguardemos que as autoridades competentes nos comuniquem», declarou Filimão Suaze.

Esta posição do governo moçambicano surge poucos dias depois da Fábrica de Explosivos de Moçambique, detida pela empresa portuguesa Moura, Silva & Filhos, com sede na Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, ter confirmado à imprensa que encomendou em 2013, as 2,7 toneladas de nitrato de amónio que terão provocado explosões em Beirute.

 

 

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