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Guiné-Bissau

Primeiro-ministro guineense em visita a Dacar

O primeiro-ministro guineense foi recebido nesta quarta-feira em audiência em Dacar pelo Presidente senegalês Macky Sall. Umaro Sissoco Embaló realçou o interesse do Senegal na estabilização do seu país vizinho.

Imagem de Arquivo.
Imagem de Arquivo. SEYLLOU SEYLLOU / AFP
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Umaro Sissoco Embaló, primeiro-ministro guineense, efectuou uma visita de trabalho de 24 horas no Senegal. O chefe do Executivo da Guiné-Bissau, foi recebido em audiência no Palácio do Governo pelo Presidente senegalês, Macky Sall.

A RFI falou com Umaro Sissoco Embaló à saída da sua reunião em Dacar, onde nos revelou os temas abordados na conversa: «A situação política na Guiné-Bissau, bem como a do Senegal. Também temos uma fronteira que abordámos no aspecto da segurança», contou o primeiro-ministro.

Quanto à situação na Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló desenvolveu o teor da conversa: «O Presidente Macky Sall sempre testemunhou que a estabilidade na Guiné-Bissau é importante para o Senegal. É um país irmão. Ele foi o único governante estrangeiro que se deslocou à mesa redonda em Bruxelas para dar apoiar ao então primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira. Isso testemunha a vontade dele de ajudar a Guiné-Bissau», acrescentou o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro guineense alega que o seu país tem uma dívida moral para com o Senegal devido ao apoio de Dacar à Guiné-Bissau ao longo dos anos. Embaló recordou o papel do Senegal para prestar assistência médica aos guineenses que recorrem ao país vizinho.

Em relação a uma visita de Macky Sall à Guiné-Bissau o chefe do executivo guineense lamentou o adiamento da visita do presidente senegalês, agendada já por duas vezes… uma deslocação contra a qual se insurgira, nomeadamente, o Movimento dos cidadãos conscientes e inconformados denunciando o alegado papel nocivo do Senegal no impasse actual na Guiné-Bissau, que previra manifestar-se contra esta visita.

Umaro Sissoco Embaló alega ser “lamentável” a atitude do “povo guineense”. Por ora as autoridades guineenses apelaram a que o presidente senegalês esperasse pela altura devida para que as autoridades e o povo guineense o possam acolher com pompa e circunstância para agradecer o contributo dado em relação à Guiné-Bissau.

Umaro Sissoco Embaló não quer ser "ingrato" com o Senegal que sempre ajudou a Guiné-Bissau.

Umaro Sissoco Embaló também fez referência os seus seis primeiros meses à frente do Governo: «Há um bloqueio que ninguém compreende".

Constrangimentos que atribui a comportamentos próprios da “raça humana”.

Sissoco alega estar a imprimir, porém, dinamismo na vida política guineense. "Fiz uma coisa. Há vinte anos que não havia salários em dia, tanto para os guineenses como as nossas representações diplomáticas. Isso para mim é muito importante. Já consegui restablecer uma relação de confiança com o Banco Árabe de Desenvolvimento Económico e o Banco de Desenvolvimento Islâmico, e já temos o programa restabelecido. E acresento ainda mais, CEDEAO, União Africana, UEMOA, pagamos as quotas. Além disso, já começámos a reparar as ruas e as vias urbanas de Bissau», confessou o primeiro-ministro.

Por fim falou do compromisso que tem com o Presidente e com os guineenses: «O meu compromisso com o Presidente, o povo guineense e o Governo que lidero, é a esperança e a tolerância zero com o banditismo. Eu não faço parte do problema, faço parte da solução», concluiu Umaro Sissoco Embaló

Confira aqui a entrevista de Umaro Sissoco Embaló a Cândido Camará, correspondente em Dacar.

05:14

Entrevista do primeiro-ministro guineense pelo correspondente em Dacar

 

 

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