Militares apresentam armas que seriam utilizadas para tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau
O chefe do Estado-maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o general Biaguê Nan Tan, disse em conferência de imprensa que tinham sido apreendidas 200 armas de guerra que deveriam ser usadas pelo grupo da Guarda Nacional que estaria, alegadamente, a preparar um golpe de Estado.
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Entre as armas de guerra apreendidas estão lança-granadas, granadas de mão, caregadores com balas e ainda cacetetes da polícía que estavam a ser armazenados pela Guarda Nacional e deveriam ser utilizados na tentativa de golpe de Estado no dia 1 de Dezembro, quando eclodiram tiroteios na cidade de Bissau.
Segundo o general Biaguê Nan Tan o plano da Guarda Nacional sob comando do coronel Vítor Tchongo, actualmente detido, seria capturar alguns aquartelamentos, libertar os presos detidos em ligação com a outra tentativa de golpe de Estado em Fevereiro de 2022 e criar "caos no país".
Quando questionado sobre a ligação entre esta alegada tentativa de golpe de Estado e a decisão de dissolução do Parlamento, o general Biaguê Nan Tan disse que estava a pronunciar-se apenas como militar.
Entretanto, a Televisão da Guiné-Bissau retomou na terça-feira as suas actividades depois de ter sido mandada parar por ordens dos militares que ocuparam as suas instalações na segunda-feira. O aval para a reinstituição das emissões terá vindo de um responsável da Presidência da República, segundo fonte da televisão disse à Agência Lusa.
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