Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau continua na berlinda após demissão do seu presidente
Bissau – Guiné-Bissau: a situação no Supremo Tribunal de Justiça continua na berlinda após a demissão do respectivo presidente, num braço de ferro com outros juizes do órgão. O chefe de Estado guineense pronunciou-se esta quarta-feira 8 de Novembro de 2023 sobre o caso.
Publicado a:
Ouvir - 01:27
O Presidente Umaro Sissoco Embalo disse que desconhece os motivos da presença de militares no Supremo Tribunal de Justiça nos últimos dias.
Que é o Comandante em Chefe das Forças Armadas sim, mas que não lhe cabe determinar a movimentação de militares de um lado para o outro.
Domingos Simões Pereira, o líder da coligação PAI Terra Ranka, no Governo, acusou a presidência da República de ter sido a entidade que mandou colocar homens armados e fardados no Supremo Tribunal de Justiça, de sexta a segunda-feira.
O Presidente Sissoco Embalo disse que ouviu também aquelas acusações à sua pessoa, mas prometeu consequências, sem, contudo, indicar quais.
Sobre a renúncia do juiz José Pedro Sambu, do cargo de presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Embalo afirmou que é um assunto que deve ser colocado aos magistrados e não ao Presidente da República que não nomeia e nem exonera o titular do Supremo Tribunal.
O Presidente explicou que tratou da crise no Supremo Tribunal de Justiça com o primeiro-ministro, Geraldo Martins, mas num fórum próprio por ser um assunto do Estado.
O Presidente Umaro Sissoco Embalo conferiu posse esta quarta-feira a alguns membros do Conselho de Estado, entre os quais, o juiz Lima André, até aqui vice-presidente mas apresentado como presidente interino do Supremo Tribunal de Justiça.
Oiça aqui o relato de Mussá Baldé, nosso correspondente na Guiné-Bissau.
Correspondência Guiné-Bissau, 08/11/2023
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro