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#Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Adiado início de julgamento de tentativa de golpe de Estado

Na Guiné-Bissau, ficou adiado o julgamento de 25 pessoas acusadas de tentativa de golpe de Estado no dia 1 de Fevereiro de 2022. O juiz alegou que não existem condições logísticas para arrancar com o julgamento.

Rua em "Bissau-Velho". 23 de Novembro de 2019.
Rua em "Bissau-Velho". 23 de Novembro de 2019. AFP - JOHN WESSELS
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De acordo com o despacho do juiz titular do processo, João Gomes Cá, realizar o julgamento no centro de Bissau, neste momento, é complicado devido às dificuldades de acesso. “Considerando a interdição do trânsito de todas as avenidas circundantes do tribunal decorrentes da execução das obras, por um lado, e o alarido das máquinas da referida empreitada, por outro lado, (…) fica prejudicado o julgamento projectado para o dia 06 de Dezembro. Oportunamente será designada uma nova data”, lê-se no despacho.

O Tribunal Regional de Bissau está situado na zona do Bissau Velho, onde decorrem obras de reconstrução de estradas e passeios. Desde Maio tem sido praticamente impossível andar de carro naquela zona.

O juiz João Gomes Cá disse no seu despacho, com data de 02 de Dezembro, que o julgamento só terá lugar assim que forem removidos os obstáculos que dificultam o acesso à zona do tribunal. A nova data do julgamento será, assim, marcada “logo que expurgados os obstáculos atrás descritos”.

Deveriam comparecer, esta terça-feira, perante o tribunal, 25 das cerca de 40 pessoas acusadas de participação directa no ataque com armas de uso militar ao palácio do Governo guineense, no dia 1 de Fevereiro, quando decorria a reunião do Conselho de Ministros presidida pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló. As autoridades guineenses consideraram o ocorrido como tentativa de golpe de Estado, na qual morreram 11 pessoas, de acordo com o Governo.

Entre os que vão ser julgados, destaca-se o ex-chefe da Armada, o vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto. Três das 25 pessoas que deveriam comparecer ao tribunal, Tchami Yala, Domingos Yogna e Papis Djemé, vão ser julgadas à revelia por se encontrarem em paradeiro incerto.

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