Guiné-Bissau: Polícia tentou deter Aristides Gomes
A polícia guineense tentou prender, na sexta-feira à noite, o ex-primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, que se encontrava na sala onde decorre o congresso do PAIGC. Os trabalhos do congresso continuaram hoje, sem Aristides Gomes.
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O congresso do PAIGC estava a desenrolar-se normalmente, mas depois de os convidados internacionais terem abandonado o local, um contingente de polícias armados e encapuzados entrou na sala.
Sem falar com ninguém, o contingente tentou prender Aristides Gomes que se encontrava na primeira fila entre os congressistas.
A acção da polícia teve a resistência imediata dos jovens do PAIGC e de alguns delegados que literalmente impediram que Aristides Gomes fosse retirado da sala à força.
Após minutos de puxa-puxa, que motivou a suspensão dos trabalhos do congresso por alguns instantes, o contingente da polícia abandonou a sala da reunião magna, mas montou postos de controlo de viaturas ali ao lado.
Desde a noite de sexta-feira até este sábado, qualquer viatura que sai do local do congresso é automaticamente parada para uma revista minuciosa. A ordem é encontrar Aristides Gomes e levá-lo a responder perante a justiça.
Fontes do PAIGC indicam que o ex-primeiro-ministro, que chegou a Bissau na sexta-feira, vindo da França, onde vivia desde Fevereiro de 2021, tem sobre si um mandado de detenção emitido pelo Ministério Público guineense.
As fontes não sabem qual o motivo desta diligência judicial, apenas estranham que Aristides Gomes não tenha sido detido quando desembarcou no aeroporto de Bissau e ainda passou algumas horas num hotel antes de seguir para a localidade de Gardete onde decorre o congresso do PAIGC.
A direcção do PAIGC prefere tratar do congresso para já e só depois tecer comentários sobre a situação de Aristides Gomes.
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