França condena tentativa de golpe na Guiné-Bissau
Esta quarta-feira, o embaixador de França na Guiné-Bissau e a porta-voz do ministério francês dos Negócios Estrangeiros condenaram “a tentativa de golpe contra o Presidente Umaro Sissoco Embaló". O chefe de Estado guineense afirmou, na terça-feira, que as pessoas que atacaram o Palácio do Governo, enquanto decorria a reunião de Conselho de Ministros, queriam matar o Presidente, o primeiro-ministro e os ministros.
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“A França condena, com firmeza, a tentativa de golpe, ocorrida ontem, contra o Presidente Umaro Sissoco Embaló”, declarou, esta quarta-feira, em Paris, a porta-voz do ministério francês dos Negócios Estrangeiros. “A França pede o respeito pela ordem constitucional e exprime o seu apoio às instituições democráticas bissau-guineenses”, acrescentou.
Por sua vez, em Bissau, o embaixador francês na Guiné-Bissau, Terrence Wills, encontrou-se, esta quarta-feira, com o chefe de Estado para lhe transmitir a sua solidariedade e reiterou que “o governo francês condena firmemente esta tentativa de golpe contra o Presidente”.
“A França condena firmemente a tentativa de golpe que teve lugar ontem contra o Presidente Umaro Sissoco Embaló, pede respeito pela ordem constitucional e expressa o seu apoio às instituições democráticas da Guiné-Bissau”, declarou o embaixador francês aos jornalistas, à saída do encontro com o Presidente guineense, lendo a declaração do executivo francês.
Terrence Wills sublinhou que “a resposta do Presidente e das autoridades foi uma resposta eficaz e com proporcionalidade”. Além disso, o diplomata admitiu que a comunidade internacional deve “ajudar mais o país para atrair mais investidores” mas só se houver estabilidade, notando que “o Presidente mostrou sangue frio durante essa tentativa de golpe”.
Embaixador de França na Guiné-Bissau, Terence Wills
“Nós, da comunidade internacional, devemos hoje ajudar mais o país para atrair mais investidores. É tempo para desenvolver o país para todas as partes da sociedade: a sociedade civil, os empresários, o exército. Devemos fazer isso agora e ajudar mais. Mas, para isso, precisamos de estabilidade. Ontem, vimos que o Presidente mostrou sangue frio durante essa tentativa de golpe”, afirmou.
Até agora, a tentativa de golpe foi também condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por Portugal, por São Tomé e Príncipe, por Cabo Verde, por Angola e por Espanha.
Na terça-feira, na declaração à imprensa, o Presidente Umaro Sissoco Embaló afirmou que as pessoas que atacaram o Palácio do Governo, enquanto decorria a reunião de Conselho de Ministros, queriam matar o Presidente, o primeiro-ministro e os ministros.
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