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Guiné-Bissau/Sociedade

Libertação de dois sindicalistas e vigília frente à embaixada de Cuba em Bissau

Sindicatos de saúde ameaçam realizar vigília junto à Embaixada de Cuba em Bissau. Em conferência de imprensa, os sindicalistas de saúde que acabam de ser libertados acusam a Brigada Médica Cubana de imiscuir-se nos assuntos internos da Guiné-Bissau, por coagir os estudantes da medicina a participar na campanha de vacinação contra covid-19, violando a sua missão técnica no país. O Governo decidiu a requisição civil para os hospitais. A decisão, segundo o Presidente do SINETSA é irrealizável.

Da  esquerda para a direita, Yoio João Correia, presidente do SiINETSA, Yasser Turé, vice-secretário geral da UNTG e João Domingos da Silva, vice-presidente do SINETSA, no decurso de uma conferência de imprensa, na  terça-feira, 26 de Outubro de 2021.
Da esquerda para a direita, Yoio João Correia, presidente do SiINETSA, Yasser Turé, vice-secretário geral da UNTG e João Domingos da Silva, vice-presidente do SINETSA, no decurso de uma conferência de imprensa, na terça-feira, 26 de Outubro de 2021. © Aliu Candé/RFI
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Os dois sindicalistas foram detidos na sequência de um inquérito efectuado pelo Ministério  Público sobre o boicote dos técnicos de saúde, em Setembro de 2021, que paralisou hospitais e centros médicos, sem que o atendimento mínimo tenha sido garantido.

A prisão dos dois técnicos desencadeou ,a 23 de Outubro, um novo boicote pelos agentes de saúde guineenses.

No dia 25 de Outubro de 2021, a Liga Guineense dos Direitos Humanos, exigiu a libertação dos dois líderes sindicais, considerando que a sua detenção representava uma ameaça à liberdade sindical.    

Sindicatos de saúde ameaçaram realizar uma vigília junto à Embaixada de Cuba em Bissau.

Em conferência de imprensa, os sindicalistas de saúde, em liberdade, acusam a Brigada Médica Cubana de  imiscuir-se  nos assuntos internos da Guiné-Bissau, por coagir os estudantes da medicina a participar na campanha de vacinação contra covid-19, violando a sua missão técnica no país.

O Governo decidiu a  25  de Outubro  implementar  a requisição civil para os hospitais. A decisão, segundo o Presidente do SINETSA é irrealizável.

A conferência de imprensa dos dois dirigentes sindicais de saúde, agora em liberdade, serviu para reafirmar a determinação em continuar a lutar a favor de um sistema de saúde ao serviço da população.  Foi o que afirmou Ioio  João Correia, presidente do Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins, .

" Achamos que, ainda que injusta estamos satisfeitos e  vamos continuar com esta luta, porque a determinação é a mesma", declarou  o sindicalista.

Correia, denunciou que a Brigada Médica Cubana no país, está coagindo os estudantes de medicina para participar na campanha de vacinação contra COVID-19 e, ameaçou realizar uma vigília junto à Embaixada de Cuba em Bissau.

Segundo  Ioio João Correia, "a presença  cubana na Guiné-Bissau tem uma missão específica, que se prende com o ensino e a formação de pessoas, por isso ela não pode ser impulsionada pela política e  coagir os estudantes de medecina a participar na campanha de vacinação anti-Covid, senão os técnicos  de saúde farão uma vigília diante da embaixada de Cuba". 

O vice-secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, Yasser Touré, garantiu  que a Central Sindical lutará até quando tiver a certeza que, o Governo irá envolver os sindicatos na busca de  uma solução  dos problemas laborais.

"Como é possível elaborar um orçamento para próximo ano? Então nós estamos decididos  a  continuar a luta até  ter-mos a confirmação e a certeza  de que estamos a governar juntos este país".   

Há um ano que a UNTG (União Nacional dos Trabalhadores da Guiné) e o Governo estão de costas voltadas. Os sectores de saúde e educação  têm estado a funcionar a meio gás, pondo em causa a campanha de vacinação contra a Covid-19 e o novo ano lectivo.

Ouça aqui a correspondência  de Aliu  Candé.

01:34

Correspondência Aliu Candé 26 10 2021

 

 

 

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