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Guiné-Bissau/detenção

Guiné-Bissau: 2 membros do Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde detidos

O Presidente e Vice-Presidente do Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde, João Domingos da Silva e Loi João Correia foram detidos esta tarde por ordem do Ministério Público.

Fode Mané, advogado.
Fode Mané, advogado. © Aliu Candé
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Os dois dirigentes sindicais são acusados de cometer o crime de auxílio por incentivarem pessoas a aderirem à greve.

O líder do Sindicato de Quadros e Técnicos de Saúde, SINQUAS, Inácio da Costa, não foi ouvido por estar ausente do país, assim anunciou o advogado de defesa, Fode Mané, que acusa o Procurador-Geral de República, Fernando Gomes, de ter encomendado a detenção dos dirigentes sindicais.

"O Procurador-Geral da República foi quem fez a denúncia e ordenou o delegado. Aqui é claramente visível, mas é uma má encomenda. Podia ser bem enquadrado. Não existe crime de boicote. A omissão de auxílio é um crime semi-público. Não existe nos autos nenhuma denúncia feita por uma pessoa. Depois, não dá lugar a detenção", começou por dizer.

O advogado explicou ainda que medidas vai tomar doravante: "A acusação de que são dirigientes sindicais, que incentivaram as pessoas a aderirem à greve, isso não é crime, mas é uma tentativa de intimidação. Nós estamos tranquilos, vamos seguir as vias legais. Bem sabemos que tudo aconteceu, menos um procedimento da justiça, por isso vamos entrar com habeas corpus porque mesmo no caso da investigação, não há requisitos para a detenção".

Oiça aqui o áudio facultado pelo nosso correspondente na Guiné-Bissau, Aliu Candé:

00:45

Som Guiné-Bissau 22-10-2021

O advogado de defesa promete recorrer da decisão do Ministério Público, através da Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau.

Os dirigentes sindicais da saúde respondem no âmbito de um processo na sequência do boicote no sector de saúde que provocou a morte de 5 pessoas no Hospital Nacional Simão Mendes.

Em consequência, o Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, ordenou a abertura de inquéritos em todas as delegacias do Ministério Público do país para apurar responsabilidades e garantiu que os implicados no boicote no sector de saúde serão trazidos à justiça.

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