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Guiné-Bissau/Aristides Gomes/ONU

Aristides Gomes deixou hoje a Guiné-Bissau sob a égide da ONU

O antigo primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, deixou esta sexta-feira, 12 de fevereiro as instalações das Nações Unidas em Bissau e viajou para "tratamento médico no estrangeiro" .  A saída de Aristides Gomes foi negociada pela ONU, mas a Procuradoria Geral da República diz estarem em curso processos-crimes contra o político, que por esta razão permanece em regime de Termo de Identidade e Residência - TIR -  e deverá "regressar ao país se for convocado pela justiça". 

Aristides Gomes, antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, refugiado na sede da UNIOGBIS desde março de 2019, deixou o país para tratamento médico no estrangeiro a 12 de fevereiro 2021.
Aristides Gomes, antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, refugiado na sede da UNIOGBIS desde março de 2019, deixou o país para tratamento médico no estrangeiro a 12 de fevereiro 2021. Lusa
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Oficialmente Aristides Gomes saiu a 12 de fevereiro da Guiné-Bissau para "tratamento médico no estrangeiromas se for "convocado pela justiça, no âmbito do processo crime de que é alvo, terá que regressar", pode ler-se no comunicado da Procuradoria Geral da República.

Acompanhado de Mohamed Ibn Chambas, representante do secretário-geral da ONU para a África Ocidental e o Sahel, Aristides Gomes, visivelmente bem disposto, não prestou declarações aos jornalistas.

Momentos antes de embarcar no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, de Bissau, Mohamed Chambas foi quem falou para saudar o desfecho do caso e enaltecer a postura do Presidente Umaro Sissoco Embaló, por ter permitido que o Procurador da República autorizasse a saída de Aristides Gomes.

Para a ONU, em cujo gabinete em Bissau Aristides Gomes se refugiou em março de 2019, depois de ele e o seu governo terem sido demitidos pelo Presidente Umaro Sissoco Embalótrata-se de um gesto em direcção à paz e estabilidade, mas dentro das leis da Guiné-Bissau.

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Mussá Baldé, correspondente em Bissau

Para o PAIGC, partido cujo Governo era liderado por Aristides Gomes, foi uma vitória da democracia, vista com alegria, como refere Odete Semedo, segunda vice-presidente do PAIGC, partido a que pertence Aristides Gomes, que reagiu com emoção à saída do país do antigo primeiro-ministro.

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Odete Semedo, segunda vice-presidente do PAIGC

Antes da autorização de saída da Guiné-Bissau, Aristides Gomes foi ouvido pelo Ministério Público, na presença dos seus advogados, sobre o alegado crime de transferência de fundos que fez em 2019 para a família no valor de 50.000€, para o seu sustento durante um ano.

Quanto à proveniência do dinheiro, a defesa de Aristides Gomes explicou que cada viagem do primeiro-ministro lhe garante uma ajuda de custo de 10 milhões de Fcfa e o primeiro-ministro aufere ainda de diferentes subsídios.

A defesa de Aristides Gomes insiste ainda no facto de o ex-primeiro ministro "está bem de saúde e não necessita de tratamento médico".

 

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