Guiné-Bissau: fim da moratória sobre abate de árvores
O anterior governo guinenese tinha dado uma moratória de cinco anos, para pôr termo ao abate de árvores nas florestas do país, mas o actual executivo decidiu levantar a medida e propor um novo periodo espicial de abate para cinco anos, uma medida que gera polémica na sociedade.
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A possibilidade da retoma do abate de árvores na floresta guineense continua a ser tema da agenda política no país, depois da moratória de cinco anos adoptada em 2015.
Por um lado, ambientalistas que criticam a medida, por outro o executivo que não vê nisso nada de errado.
Em conferência de imprensa, para reagir às críticas sobretudo nas redes sociais, os ministros da Agricultura, Abel da Silva, e do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Cassamá, explicaram esta segunda-feira, 19 de Outubro, os contornos da nova moratória especial que o governo vai lançar, para permitir o abate de arvores.
Durante esse período, disseram os dois ministros, as árvores poderão ser cortadas sim, mas com regras claras e rígidas:
Só será permitida a uma empresa madeireira o abate de árvores mediante um plano de repovoamento e reflorestação da área dizimada.
As arvores serão cortadas mediante quotas a serem fixadas pelo governo, não será permitida a exportação de madeira em toros.
A licença de corte de arvore será antecedida de uma licença ambiental.
Mussa Baldé, correspondente em Bissau
O atual Governo diz não ser aceitável mandar parar o abate de árvores, deixando sem trabalho milhares guineenses, que vivem do trabalho da madeira, através de uma moratória que não teve efeito desejável, pois, dizem o abate clandestino da floresta não parou.
O mais, grave ainda, disse o ministro da Agricultura, é que o dinheiro gerado pelo abate de árvores entre 2012 a 2014, cerca de dois mil milhões de francos CFA não entrou nos cofres do Estado guineense.
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