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Guiné-Bissau/Abate de árvores

Guiné-Bissau: fim da moratória sobre abate de árvores

O anterior governo guinenese tinha dado uma moratória de cinco anos, para pôr termo ao abate de árvores nas florestas do país, mas o actual executivo decidiu levantar a medida e propor um novo periodo espicial de abate para cinco anos, uma medida que gera polémica na sociedade.

Madeira de Pau de Sangue ou "Po di Sangui" é uma das mais procuradas na Guiné-Bissau para exportação, alvo até 2020 da moratória sobre o abate adoptada em 2015 e agora levantada sob determinadas condições.
Madeira de Pau de Sangue ou "Po di Sangui" é uma das mais procuradas na Guiné-Bissau para exportação, alvo até 2020 da moratória sobre o abate adoptada em 2015 e agora levantada sob determinadas condições. Blog Conosaba
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A possibilidade da retoma do abate de árvores na floresta guineense continua a ser tema da agenda política no país, depois da moratória de cinco anos adoptada em 2015.

Por um lado, ambientalistas que criticam a medida, por outro o executivo que não vê nisso nada de errado.

Em conferência de imprensa, para reagir às críticas sobretudo nas redes sociais, os ministros da Agricultura, Abel da Silva, e do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Cassamá, explicaram esta segunda-feira, 19 de Outubro, os contornos da nova moratória especial que o governo vai lançar, para permitir o abate de arvores.

Durante esse período, disseram os dois ministros, as árvores poderão ser cortadas sim, mas com regras claras e rígidas:

Só será permitida a uma empresa madeireira o abate de árvores mediante um plano de repovoamento e reflorestação da área dizimada.

As arvores serão cortadas mediante quotas a serem fixadas pelo governo, não será permitida a exportação de madeira em toros.

A licença de corte de arvore será antecedida de uma licença ambiental.

01:38

Mussa Baldé, correspondente em Bissau

O atual Governo diz não ser aceitável mandar parar o abate de árvores, deixando sem trabalho milhares guineenses, que vivem do trabalho da madeira, através de uma moratória que não teve efeito desejável, pois, dizem o abate clandestino da floresta não parou.

O mais, grave ainda, disse o ministro da Agricultura, é que o dinheiro gerado pelo abate de árvores entre 2012 a 2014, cerca de dois mil milhões de francos CFA não entrou nos cofres do Estado guineense.

 

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