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França/Nigéria

Presidente francês organiza encontro para discutir raptos na Nigéria

Um mês depois do sequestro de mais de 200 estudantes pelo grupo extremista Boko Haram, o presidente francês, François Hollande, organiza neste sábado (17), uma cúpula para discutir a situação na Nigéria. Além de França e Nigéria, participam líderes dos Camarões, Níger, Chade e Benim, além de representantes dos Estados Unidos e Grã-Bretanha.

Manifestação em Paris em favor das estudantes raptadas, com presença de duas ex-primeiras-damas, Carla Bruni-Sarkozy e Valérie Trierweiler.
Manifestação em Paris em favor das estudantes raptadas, com presença de duas ex-primeiras-damas, Carla Bruni-Sarkozy e Valérie Trierweiler. AFP PHOTO / PATRICK KOVARIK
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A reunião foi um pedido do presidente nigeriano, Goodluck Jonathan. O objetivo é traçar uma estratégia regional contra os extremistas muçulmanos. A França quer estimular os vizinhos da Nigéria a cooperar com Abuja na luta contra o Boko Haram.

O presidente nigeriano vem sofrendo pesadas críticas internas e internacionais por sua reação tardia à crise das estudantes. Um vídeo divulgado pelo grupo muçulmano no último dia 5, no qual o líder Abubakar Shekaku ameaçava tratar as meninas raptadas como “escravas”, gerou indignação mundial.

Fontes próximas ao presidente Hollande afirmam que a iniciativa não é para discutir uma intervenção militar ocidental contra o Boko Haram. Mas paralelamente, Paris, Londres, Tel Aviv e Washington já enviaram especialistas, principalmente militares, e aviões de reconhecimento para ajudar o governo nigeriano na busca das estudantes.

Os Estados Unidos, que consideram a Nigéria como um “parceiro estratégico”, se alarmam, assim como a França, diante da ameaça extremista que o grupo pode espalhar pela região. O Boko Haram foi incluído em novembro de 2013 na lista norte-americana de “organizações terroristas estrangeiras”. Washington oferece uma recompensa de sete milhões de dólares pela captura de Abubakar Shekaku.

No total, 223 adolescentes continuam desaparecidas. Em um vídeo divulgado nesta semana, o Boko Haram afirma ter convertido cerca de 130 dessas jovens ao islamismo.
 

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