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Imprensa

Tomada de reféns na Argélia foi preparada com antecedência, diz Figaro

A crise dos reféns no campo de exploração de gás de Amenas, na Argélia, continua a estampar as manchetes dos jornais franceses nas edições deste final de semana.  Para o Figaro, a operação dos "terroristas já havia sido preparada há bastante tempo".

Vista aérea via satélite do complexo de exploração de gás de Amenas na Argélia.
Vista aérea via satélite do complexo de exploração de gás de Amenas na Argélia. REUTERS/Astrium
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O grupo que invadiu o campo de gás parecia conhecer bem as instalações, segundo os reféns que conseguiram escapar. Eles relataram ainda, informa o jornal Le Figaro, que os sequestradores estava bem organizados e alguns, inclusive, usavam uniformes do exército argelino. Especialistas em terrorismo e fontes do Ministério da Defesa francês também corroboram essa tese. Um militar ouvido pelo diário afirma que, possivelmente, os terroristas estavam localizados na Argélia. A hipótese de que eles viriam do Mali e estariam agindo em represália à presença de tropas francesas no país está praticamente descartada. Para o analista, seria impossível um grupo fortemente armado atravessar o deserto do Mali e chegar até o campo de gás de Amenas na Argélia em apenas 24 horas.

O jornal Libération coloca logo na capa a foto de um refém ferido na operação. Um especialista ouvido pelo jornal avalia que a Argélia prefere matar terroristas a tentar meios de salvar a vida dos reféns. Essa ação brutal do exército argelino foi duramente criticada na Inglaterra e nos Estados Unidos, mas a França, que espera ter na Argélia um aliado na luta contra radicais islâmicos no Mali, prefere não criticar abertamente a atuação do país.

Mali

O Mali é o destaque do jornal da primeira página do jornal Le Monde. Para o diário francês, a direita, atualmente na oposição, tem multiplicado os ataques contra a decisão do presidente François Hollande de enviar tropas francesas para o país africano. Uma semana após o desembarque dos primeiros reforços francês no Mali, ao que parece, a lua de mel entre o governo e oposição terminou. Os principais nomes do UMP, partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy, acusam o governo atual de ter comandado uma missão "improvisada" e sem que se saiba o tempo que ela vai durar.
 

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