Brasil, Índia e África do Sul pedem que Síria respeite direitos humanos

Os três países que formam o grupo IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) divulgaram nesta quinta-feira um comunicado em que pedem que o presidente Bashar al-Assad respeite os direitos humanos dos cidadãos sírios. O documento foi anunciado pelo ministério indiano das Relações Exteriores.

Símbolo do Ibas(Brasil, da Índia e da África do Sul). www.ibsa-trilateral.org

Os representantes das três grandes democracias emergentes pedem "o fim imediato de todas as violências e que todas as partes envolvidas atuem com máxima moderação e máximo respeito dos direitos humanos e das regras internacionais", afirma o comunicado. Uma missão do IBAS esteve em Damasco na quarta-feira com o objetivo de pedir o fim da violenta repressão das manifestações e o início de um diálogo com a oposição. O grupo foi recebido por Assad e por seu ministro das Relações Exteriores, Walid Mualem.

Segundo grupos de defesa dos direitos humanos, duas mil pessoas já morreram na repressão dos protestos, que começaram em março. Em um comunicado divulgado na ONU, na quarta-feira, o grupo informou que nas discussões, o presidente sírio admitiu que as forças de segurança cometeram "alguns erros" no modo de encarar o movimento de protesto no início.

Bashar al-Assad destacou que está comprometido "com o processo de reformas, destinado a conduzir a uma democracia multipartidária".

Nesta quinta-feira, pelo menos cinco civis morreram e dez foram feridos pelas forças sírias na cidade de Quseri, província de Homs (no centro).