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Síria/repressão

Representante brasileiro chega à Síria para mediação de conflito

Uma missão brasileira, indiana e sul-africana chegou à Síria nesta quarta-feira na tentativa de obter uma solução para a crise na Síria e convencer o presidente Bachar Al-Assad a colocar um fim na repressão aos protestos na capital e outras cidades do país

Protestos na Síria continuam aqui Homs, no centro do país.
Protestos na Síria continuam aqui Homs, no centro do país. Reuters TV
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Os representantes foram recebidos pelo ministro sírio das relações exteriores, Walid Mouallem. Ele afirmou que a Síria era favorável à abertura do diálogo com a oposição e à aplicação de reformas anunciadas em junho pelo presidente Al Assad. Para justificar a violenta ofensiva em Hama, o chanceler explicou que o governo enviou o exército a algumas cidades dominadas por grupos armados.

Um dos objetivos da missão, segundo o Itamaraty, era  "fazer um reconhecimento da situação na Síria e observar a disposição do governo ao diálogo." O representante brasileiro na missão foi o vice-secretário para a África e o Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, Paulo Cordeiro. Na semana passada, o Brasil apoiou uma declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando a violência na Síria. Dos 15 membros, apenas o Líbano foi contrário ao documento.

Nesta terça-feira, o presidente sírio já havia se reunido com o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, em Damasco. Os dois conversaram por seis horas e meia. Segundo o governo turco, os dois também discutiram medidas para evitar que o Exército e o povo entrem em conflito. Assad declarou que não iria "recuar na perseguição por grupos terroristas" e acusou grupos armados de estarem na origem da revolta que teve início no dia 15 de março.

O chanceler russo, Serguei Lavrov, também telefonou nesta terça-feira para o ministro das relações exteriores sírio Walid Mouallem, pedindo o fim da violência no país e a implantação de reformas sociais e políticas. O presidente sírio também começa a enfrentar a oposição de outros países do mundo árabe, entre eles o Egito e a Arábia Saudita. Apenas o Irã continua declarando publicamente apoio ao regime do ditador.

Também nesta terça-feira, pelo menos 34 pessoas morreram e pelo menos 50 ficaram feridas. Segundo organizações de direitos humanos, pelo menos 2000 civis já morreram nos conflitos. Nesta quarta-feira pela manhã, o exército se retirou de Hama. Cerca de quarenta tanques foram vistos batendo retirada. O governo sírio iniciou uma ofensiva violenta na cidade no fim de julho, deixando centenas de mortos.
 

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