França: Continua o braço-de-ferro entre Governo e sindicatos
É um movimento social sem precedentes durante um governo socialista. O frente-a-frente entre o governo e os sindicatos que se opõem ao projecto de Lei do Trabalho radicalizou-se, nenhuma das partes quer ceder, e ninguém sabe como tudo vai terminar .
Publicado a: Modificado a:
No princípio da mobilisação contra o projecto de Lei do Trabalho encontravam-se sete sindicatos, mas apenas a CGT (Confederação Geral do Trabalho ) optou pela radicalização do movimento, recusando negociar com o governo e bloqueando zonas portuárias, estradas, refinarias e mesmo uma central nuclear.
Há uma semana que milhões de pessoas esperam horas a fio nas bombas de gasolina para poder encher o depósito, e ir trabalhar. Entretanto, o governo ordenou a utilização das reservas de carburante, e as forças de segurança conseguiram desbloquear as refinarias ocupadas pelos sindicalistas.
Esta Sexta-feira, de manhã, a RFI ouviu algumas pessoas numa bomba de gasolina, e a proprietária dum café, mesmo em frente, que tem sido testemunha do desepero dos utentes. Oiça aqui :
Reportagem numa bomba de gasolina
Até aqui, as consequências económicas são limitadas, dizem os especialistas, mas poderão tornar-se desastrosas, tendo em conta que os sindicatos dos transportes terrestres, aéreos e ferroviários querem entar em liça, e que o Euro 2016, começa dentro de 15 dias, em França.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro