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França/Violência

Atentado contra escola judaica em Toulouse provoca indignação mundial

O ataque nesta segunda-feira de manhã contra uma escola judaica em Toulouse, no sudoeste da França, que deixou 4 mortos, entre eles 3 crianças, desencadeou uma onda de indignação mundial e um reforço das medidas de segurança em diversas instituições judaicas por toda a Europa. O primeiro-ministro israelense, Benjamlin Netanyahu, condenou o “assassinato odioso de judeus, sendo eles crianças”. 

Policial recolhe provas para as investigações do crime contra a escola judaica que chocou a França.
Policial recolhe provas para as investigações do crime contra a escola judaica que chocou a França. Reuters
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Apesar do tom de prudência sobre as circunstâncias do ataque, o premiê não descarta a hipótese de que o ato tenha sido motivado por um antissemitismo “violento e sanguinário”.

O Vaticano expressou sua profunda indignação e condenou com veemência o ataque através do porta-voz, Federico Lombardi. “ O atentado de Toulouse é um ato horrível e vil que se junta a outros recentes de uma violência absurda que feriram a França”, declarou.

O governo dos Estados Unidos, através de seu embaixador na França, Charles Rivkin, “condenou com veemência” o “atentado horrível”. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, denunciou por sua vez um “crime odioso”, acrescentando que “nada é mais intolerável que o assassinato de crianças inocentes”.

O Congresso Judeu Europeu pediu às autoridades francesas para “fazer de tudo” para esclarecer o crime e identificar o autor do ataque e destacou a necessidade de reforçar a educação contra o antissemitismo, a intolerância e o ódio racial.

O ministério do Interior da Bélgica pediu para que a polícia do país reforce a vigilância de locais frequentados por judeus, particularmente escolas. Na Holanda, a vigilância foi reforçada ao redor de uma instituição de ensino judaico em Haia.

Campanha

Os principais candidatos à eleição presidencial na França suspenderam a campanha eleitoral nesta segunda-feira em homenagem às vítimas. O presidente Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição, visitou a escola de Toulouse e afirmou que se trata de uma “tragédia para a França”. Ele determinou que o ministro do Interior, Claude Guéant, fique na região para acompanhar as investigações “o tempo que for necessário”.

O rival socialista, François Hollande, interrompeu sua agenda e compareceu à escola para prestar solidariedade às vítimas e condenou o ato chamado por ele de “antissemita”.

A candidata da Frente Nacional, de extrema-direita, Marine Le Pen, suspendeu sua participação em um programa de debates esta noite na tevê francesa. O candidato centrista, François Bayrou, também modificou sua agenda para assistir a um culto ecumênico na sinagoga de Toulouse.

A polícia judiciária de Paris anunciou nesta segunda-feira a abertura de um inquérito para investigar cartas enviadas a duas sinagogas de Paris que receberam ameaças idênticas. No final de semana e nesta segunda-feira as sinagogas de dois bairros parisienses receberam mensagens com o texto: “vocês são o povo de Satã, o inferno vos espera”.

 

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