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França

Governo francês admite falhas no acompanhamento psiquiátrico do autor do ataque em Paris

O ministro francês do interior, Gerald Darmanin, admitiu que poderá ter havido um "falhanço" no acompanhamento psiquiátrico do jovem islamista radical que cometeu o ataque à facada que custou a vida de um turista alemão, nas imediações da Torre Eiffel, em Paris, no sábado à noite. O suspeito e três dos seus familiares continuam detidos, informaram hoje as autoridades.

Polícia junto do local onde ocorreu o ataque em que foi morto um turista alemão na noite de 2 de Dezembro de 2023.
Polícia junto do local onde ocorreu o ataque em que foi morto um turista alemão na noite de 2 de Dezembro de 2023. REUTERS - STEPHANIE LECOCQ
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Armand Rajaabpour-Miyandoab, franco-iraniano de 26 anos, continua detido -assim como três dos seus familiares no âmbito do inquérito aberto pelas autoridades, depois de este último ter mortalmente atacado com uma faca e um martelo um turista alemão e ter ferido duas outras pessoas antes de ser detido pela polícia, na ponte Bir-Hakeim, perto da Torre Eiffel, na zona central e altamente turística de Paris.

Ao admitir esta manhã que poderá ter havido um "falhanço" no acompanhamento psiquiátrico do jovem, o Ministro do Interior Gerald Darmanin considerou que as autoridades deveriam ter a possibilidade de" exigir um tratamento obrigatório" para uma pessoa radicalizada que é acompanhada por distúrbio mentais.

O jovem que se tinha convertido ao islão aos 18 anos e rapidamente se tinha radicalizado já tinha sido condenado a 5 anos de prisão por um projecto de acção violenta em 2016. Á saída de prisão, continuou a receber acompanhamento médico pelos distúrbios mentais, mas recentemente os médicos tinham considerado que ele "estava melhor" e já não estava a tomar medicação.

De acordo com primeiros elementos do inquérito, a mãe do suspeito tinha lançado um alerta em finais de Outubro sobre o estado psiquiátrico do filho, mas ela não quis reclamar a hospitalização forçada do filho. O inquérito revela ainda que o suspeito "assume e reivindica totalmente o seu acto " e que pouco antes do ataque, o jovem tinha publicado um vídeo nas redes sociais em que expressava o seu apoio ao grupo Estado Islâmico.

Apesar do risco terrorista que esta situação leva ao de cima numa altura em que faltam poucos meses para os Jogos Olímpicos de Paris, a Ministra francesa do Desporto, Amélie Oudéa-Castéra, garantiu que isto não altera os planos da cerimónia de abertura dos jogos, precisamente junto da Torre Eiffel. "Não temos plano B, temos um plano A com vários planos bis", disse a governante ao garantir que "tudo está em ordem para reduzir ao máximo" o risco de atentado.

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