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Migrantes

Ministro do Interior francês vai a Itália para discutir crise de migrantes

O ministro do Interior francês, Gerald Darmanin vai hoje a Roma encontrar-se com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e discutir a situação em Lampedusa, onde numa semana chegaram cerca de 8.500 migrantes.

Milhares de pessoas chegaram esta semana a Lampedusa.
Milhares de pessoas chegaram esta semana a Lampedusa. AFP - ALESSANDRO SERRANO
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Em Roma, Gerald Darmanin quer passar uma mensagem firme a todos os migrantes que querem vir até à Europa: "A mensagem a dar a estas pessoas que chegam ao nosso solo é que eles não serão acolhidas independentemente da sua situação". Este foi o aviso do ministro do Interior francês que parte hoje para Roma e se vai encontrar à tarde com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

Este encontro acontece a pedido do Presidente Emmanuel Macron, numa semana em que o número de migrantes na ilha italiana de Lampedusa bateu recordes, com mais 8.500 migrantes a chegarem no espaço de uma semana, vivendo agora em condições muito precárias já que a ilha não tem capacidade para acolher tantas pessoas.

Para Gerald Darmanin, que vai mostrar a sua solidariedade ao regime de Meloni, eleita pela extrema-direita e que mostra pouca tolerância face à crise de migrantes no Mediterrâneo, as regras europeias devem aplicar-se, dando-se o estatuto de refugiado a quem o pode obter, com a França a disponibilizar-se para acolher uma parte das pessoas nestas condições.

Quanto aos restantes 60% dos migrantes, muitos dele vindos da Costa do Marfim, da Guiné ou da Gâmbia, não se trata de uma questão humanitária e, portanto, deve proceder-se a expulsões do território italiano e europeu.

A primeira-ministra vai levar hoje a cabo um Conselho de Ministro que visa impor medidas extraordinárias para acelerar as expulsões do território italiano, com a criação de centros de acolhimento em todas as regiões italianas e com as detenções a serem possíveis até 18 meses depois da chegada dos migrantes.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visitou ontem a ilha e apresentou um plano para ajudar a Itália a gerir a chegada recorde de migrantes à ilha, visando distribuir melhor os requerentes de asilo entre os países europeus e prometendo intensificar assistência à Itália por parte da Agência da União Europeia para o Asilo e da Frontex (agência de guarda costeira e de fronteiras da UE) no que toca ao registo, recolha de impressões digitais e entrevistas. Bruxelas quer ainda que a Frontex intensifique as operações de controlo no mar e que se "estudem opções para estender as missões navais ao Mediterrâneo".

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