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UNESCO

UNESCO vota esta semana regresso dos Estados Unidos

Os Estados Unidos pediram numa missiva endereçada a todos os Estados-membros da UNESCO a reintegração de pleno direito nesta organização, após terem abandonado a instituição em 2017, sob a presidência de Donald Trump. A votação decorre esta semana, num passo importante como anunciou a directora da UNESCO, Audrey Azoulay.

Audrey Azoulay falou hoje aos jornalistas sobre o regresso dos Estados Unidos à UNESCO.
Audrey Azoulay falou hoje aos jornalistas sobre o regresso dos Estados Unidos à UNESCO. AP - Francois Mori
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Pela segunda vez na história da UNESCO, os Estados Unidos pedem para reintegrar a organização após uma saída definitiva em 2017. Numa carta enviada a todos os Estados-membros, os norte-americanos pedem para voltar a ter direito de voto nesta instituição que é o braço da cultura, educação e ciência das Nações Unidas.

Mesmo se a saída efectiva se deu em 2017 quando Donal Trump era Presidente, desde 2011 que os americanos não pagavam a sua contribuição obrigatória, cerca de 80 milhões de dólares, prometendo agora pagar a dívida que já vai em 616 milhões de dólares. Para o orçamento da UNESCO, este é um reforço importante, com um grande significado político.

"É muito importante este regresso porque faz parte do nosso orçamento obrigatório, do qual os Estados Unidos têm uma fatia de 22%, e com o qual podemos contar a partir de agora, mas o que é muito importante também é o regresso político dos Estados Unidos, um Estado fundador, que contou muito na nossa história, e passaremos a ser 194 Estados-membros", declarou Audrey Azoulay.

A votação vai acontecer entre quinta e sexta-feira com alguns países como a Rússia a poderem colocar alguns entraves. Este regresso, segundo muitos analistas, visa contrabalançar o poder crescente da China no chamado soft-power, com Pequim bem colocada em muitos países asiáticos e também africanos. Para garantir a reintegração os Estados Unidos vão precisar de dois terços dos votos a seu favor.

O actual projecto da UNESCO, muito centrado não só na educação, mas também na regulação de novas tecnologias como a inteligência artificial também seduziu os Estados Unidos.

"Penso que a UNESCO é bastante sólida neste momento na sua estratégia, os seus objectivos e um roteiro muito concreto. Acho que é porque este roteiro interessa aos Estados Unidos que eles querem voltar. Mais do que para transformar os nosso objectivos, eles querem fazer parte desta agenda que estabelecemos. Há todo um trabalho de orientação estratégica que interessa os Estados Unidos e isto vem reforçar o que já fazemos nest emomento. Claro que o futuro o dirá, mas eles voltam sem nenhum restrição e parecem querer voltar a entrar neste comboio que continua a avançar", concluiu Audrey Azoulay.

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