França: primeira-ministra revelou prioridades para 100 dias de apaziguamento
Paris – A primeira-ministra da França, Elisabeth Borne, apresentou nesta quarta, 26, o roteiro para 100 dias de apaziguamento, prometidos pelo presidente da república, na sequência da contestada adopção da reforma das pensões. Uma das medidas prende-se com o reforço das medidas contra a inflação, o governo desiste, por ora, da adopção de uma lei sobre a imigração por esta não ter gerado consenso.
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O anúncio ocorreu a partir do Palácio do Eliseu, a presidência francesa.
Após a adopção pelo parlamento sem votação final da contestada reforma das pensões a 16 de Março, confirmada pelo Conselho constitucional a 14 de Abril, a França continua a viver ao ritmo de protestos.
As manifestações tinham começado logo no início do ano insurgindo-se contra a passagem dos actuais 62 anos de idade mínima para os 64 para efeitos de reforma.
O presidente, Emmanuel Macron, tinha prometido, no rescaldo da respectiva promulgação a 15 de Abril, 100 dias em prol do apaziguamento, até ao dia da França, assinalado a 14 de Julho.
O chefe de Estado tinha incumbido a sua primeira-ministra de revelar as prioridades desta nova política.
Eis um condensado de algumas das reformas preconizadas pela primeira-ministra Elisabeth Borne.
"Pretendemos debater atempadamente com os parlamentares sobre cada projecto de lei para construir maiorias com aquelas e aqueles que assim o desejarem, sem olhar, necessariamente, para a mesma bancada.
O poder de compra é hoje a primeira preocupação dos franceses.
Devemos também agir de forma colectiva para aumentar os salários. Devemos também agir de maneira colectiva para aumentar os ordenados.
O governo assume, também a sua responsabilidade e volta a aumentar o salário mínimo a partir de 1 de Maio.
No espaço de um ano ele terá sido aumentado em mais de 6%.
Noutro âmbito a partir do início do próximo ano lectivo serão abertas mais 2 000 vagas para formações de enfermeiros.
Para a nossa segurança colectiva vamos continuar a aumentar os efectivos das forças de segurança.
A luta contra a imigração ilegal é uma prioridade do governo: mas actuamente não dispomos de uma maioria para votar um texto nesta área.
Por outro lado não é o momento de lançar um debate sobre um assunto que poderia vir a criar divisão no país."
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