França: Primeira-ministra inicia ronda de conversações com partidos e sindicatos
A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, começa, esta segunda-feira, reuniões com líderes dos grupos parlamentares para tentarem restabelecer o diálogo perante os protestos contra a reforma das pensões. A esquerda já avisou que não vai comparecer. Na quarta-feira, véspera de uma nova jornada de manifestações, a chefe de Governo recebe sindicatos e entidades patronais.
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É mais uma semana anunciada como decisiva para a crise política causada pela reforma das pensões e consequentes protestos que se fazem sentir em França desde Janeiro.
A primeira-ministra, Élisabeth Borne, inicia, esta segunda-feira, uma ronda de conversações com os partidos políticos, incluindo da oposição. Depois da utilização do artigo 49.3 (mecanismo constitucional que permite a aprovação de um projecto de lei sem voto parlamentar), devido ao receio de não ter o número de votos suficientes para avançar com a polémica reforma, Elisabeth Borne vai tentar reconciliar-se com o partido de direita Os Republicanos, quando um terço dos deputados desta formação política foi a favor de uma moção de censura contra o governo.
O grupo independente LIOT, que apresentou essa moção, e o partido de extrema-direita União Nacional aceitaram sentar-se à mesa. A aliança de esquerda, Nupes, anunciou que não vai comparecer e apelou a uma marcha na terça-feira, no Palácio de Matignon, a sede do governo.
Para quarta-feira, véspera de mais uma jornada de protestos, estão agendadas conversações com os sindicatos que admitem sentar-se à mesa com a primeira-ministra, mas insistem que o Governo deve “congelar” a reforma das pensões para dar tempo e oportunidade ao diálogo. Elisabeth Borne já disse que suspender uma lei aprovada é “algo que não existe”.
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