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Greve

Sindicatos voltam a paralisar França e ganham força fora de Paris

Mais de metade dos professores da escola primária em França voltaram a fazer greve hoje, assim como 35% do pessoal dos caminhos de ferro e muitas perturbações nos transportes urbanos das grandes cidades. Um movimento que não vai parar até conseguir concessões na reforma do sistema de pensões proposta pelo Governo.

Cerca de 500 mil pessoas estiveram hoje na Place d'Italie, onde começou o cortejo da greve geral, segundo a central sindical CGT.
Cerca de 500 mil pessoas estiveram hoje na Place d'Italie, onde começou o cortejo da greve geral, segundo a central sindical CGT. REUTERS - BENOIT TESSIER
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Os sindicatos querem ganhar a guerra dos números e dizem que só esta terça-feira, segunda jornada de greve-geral em França devido à reforma do sistema de pensões apresentada pelo Governo, houve 500 mil pessoas nas ruas de Paris para mostrarem o seu descontentamento pelo aumento da idade da reforma.

Sem contabilização oficial por parte das autoridades até agora na capital, outras cidades em França como Marselha, Bordéus, Nantes, ou cidades do Norte como Calais ou Arras, contaram com mais gente nos protestos, dando força aos grevistas que prometem voltar às ruas. No total, houve cerca de 250 manifestações espalhadas por todo o país.

Segundo as estimativas da função pública, cerca de 20% dos funcionários não trabalharam em França, com uma grande fatia a pertencer à educação nacional. Os sindicatos defendem mesmo que mais de metade dos professores não trabalharam, enquanto a administração diz que só contabilizou 25%.

Já no sector da energia, a gigante EDF anunciou que 40% dos seus funcionários fizeram greve. Quanto aos comboios, com a SNCF, cerca de 36% do pessoal dos caminhos de ferro não trabalhou, levando à anulação de muitos comboios de alta velocidade, mas também regionais e intercidades.

Para a primeira-ministra Elisabeth Borne, o aumento da idade da reforma "não é negociável", numa altura em que a Assembleia Nacional está já a discutir esta proposta do Governo e a maioria relativa de Emmanuel Macron tem de encontrar apoio para fazer passar esta reforma. Laurent Berger, líder da CFDT, garantiu que os sindicatos vão continuar a mobilizar-se em conjunto até serem ouvidos pelo executivo.

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