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França

Borne aos grevistas da Total: " É preciso agora retomar o trabalho"

Esta segunda-feira começa uma semana de alta tensão para o governo francês, com a greve geral convocada para amanhã, a continuação do bloqueio na petrolífera Total e a votação pelo parlamento do projecto de lei do Orçamento Geral de Estado para 2023 sem consenso à vista. Assuntos abordados ontem na televisão pela Primeira-Ministra, Elisabeth Borne, num tom contundente.

Elisabeth Borne no notciário da noite do canal televisivo TF1 no dia 16 de Outubro de 2022.
Elisabeth Borne no notciário da noite do canal televisivo TF1 no dia 16 de Outubro de 2022. © AFP
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Numa entrevista concedida ontem ao canal de televisão privado TF1, a chefe do governo francês passou em revista os assuntos que estão a dominar a vida social e política do país.

Elisabeth Borne evocou nomeadamente esta semana de intenso debate no parlamento, com a possível adopção do projecto de orçamento para 2023 e em particular novas reformas no sistema de segurança social, com o recurso ao artigo 49.3 da Constituição que autoriza o executivo a fazer passar leis sem discussão no parlamento.

Ao confirmar a sua intenção de utilizar este dispositivo em caso de impasse, mencionando que os chefes dos principais partidos já lhe indicaram que tencionam abster-se ou chumbar o orçamento, a Primeira-ministra também disse que a utilização do 49.3 "não é para amanhã" e que ela "quer uma discussão".

Relativamente ao outro assunto que está no centro das atenções, a continuação da greve nas principais estruturas da petrolífera francesa total pela terceira semana consecutiva, após afirmar que um terço das bombas de gasolina do país está actualmente com falta de combustível, a chefe do governo deixou uma mensagem clara.

"Nós colocamos à disposição uma quantidade importante das nossas reservas estratégicas para compensar a falta do combustível bloqueado nos depósitos devido à greve. Nós assumimos as nossas responsabilidades com requisições na Normandia e na região Haut-de France, no norte. Usei muita energia para que houvesse negociações nas empresas, na Esso e na Total. E nas duas empresas, na Esso e em seguida na Total, foi assinado um acordo maioritário. Digo-o aos trabalhadores: o bom método é saber sair da greve. É preciso agora retomar o trabalho", lançou Elisabeth Borne.

A Primeira-ministra francesa avisou ainda que no caso de a greve continuar, haveria mais requisições. Uma ameaça posta em prática já hoje em estruturas da Total, depois de os grevistas anunciarem a recondução do movimento.

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