Assinatura de um acordo na Total não garante o fim completo da greve
A direcção da petrolífera Total assinou esta tarde um acordo com dois sindicatos que juntos representam 56% dos trabalhadores da empresa no intuito de por fim à greve que está a bloquear o funcionamento da empresa desde o passado dia 27 de Setembro. Apesar da assinatura deste compromisso, o sindicato CGT que iniciou o movimento e não assinou o acordo, continua a apelar à greve, havendo ameaças de um alastramento do movimento para outros sectores.
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Enquanto na concorrente Esso-ExxonMobil, a greve está a ser progressivamente levantada desde ontem, o bloqueio não dá sinais de acabar tão facilmente na Total apesar do acordo alcançado esta tarde.
Ao cabo de negociações encaminhadas ontem à noite, dois sindicatos que representam 56% dos trabalhadores assinaram juntamente com a direcção da Total um acordo estabelecendo um aumento salarial de 7% para 2023 já a partir de Novembro somados a prémios no valor de 3 mil a 6 mil Euros.
Sob o impulso da CGT, sindicato não signatário do compromisso, o movimento que iniciou em finais do mês passado continua em 5 instalações da Total, nomeadamente o depósito da região de Flandres, no norte, onde esta semana o governo requisitou trabalhadores para desbloquear o fornecimento de combustível.
A CGT tem reclamado até agora um aumento ainda este ano de 10%, no sentido de se "tomar em consideração a subida da inflação" e haver "uma partilha dos benefícios" do grupo cujos "accionistas foram servidos há bastante tempo" segundo o sindicato.
Reagindo ao acordo assinado pela Total com outras organizações, a CGT garantiu que "isto não muda o estado de espírito nem a determinação dos grevistas", esta entidade referindo igualmente que o movimento poderia alastrar para outros sectores. A CGT juntamente com outros sindicatos convocou uma greve geral para o próximo dia 18 de Outubro, sendo que ainda antes, no domingo, a oposição de esquerda -a NUPES-, convocou uma manifestação contra o aumento do custo de vida.
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