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França

Assinatura de um acordo na Total não garante o fim completo da greve

A direcção da petrolífera Total assinou esta tarde um acordo com dois sindicatos que juntos representam 56% dos trabalhadores da empresa no intuito de por fim à greve que está a bloquear o funcionamento da empresa desde o passado dia 27 de Setembro. Apesar da assinatura deste compromisso, o sindicato CGT que iniciou o movimento e não assinou o acordo, continua a apelar à greve, havendo ameaças de um alastramento do movimento para outros sectores.

Trabalhadores da Total em greve nas instalações da empresa no norte de França, no dia 13 de Outubro 2022.
Trabalhadores da Total em greve nas instalações da empresa no norte de França, no dia 13 de Outubro 2022. AP - Michel Spingler
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Enquanto na concorrente Esso-ExxonMobil, a greve está a ser progressivamente levantada desde ontem, o bloqueio não dá sinais de acabar tão facilmente na Total apesar do acordo alcançado esta tarde.

Ao cabo de negociações encaminhadas ontem à noite, dois sindicatos que representam 56% dos trabalhadores assinaram juntamente com a direcção da Total um acordo estabelecendo um aumento salarial de 7% para 2023 já a partir de Novembro somados a prémios no valor de 3 mil a 6 mil Euros.

Sob o impulso da CGT, sindicato não signatário do compromisso, o movimento que iniciou em finais do mês passado continua em 5 instalações da Total, nomeadamente o depósito da região de Flandres, no norte, onde esta semana o governo requisitou trabalhadores para desbloquear o fornecimento de combustível.

A CGT tem reclamado até agora um aumento ainda este ano de 10%, no sentido de se "tomar em consideração a subida da inflação" e haver "uma partilha dos benefícios" do grupo cujos "accionistas foram servidos há bastante tempo" segundo o sindicato.

Reagindo ao acordo assinado pela Total com outras organizações, a CGT garantiu que "isto não muda o estado de espírito nem a determinação dos grevistas", esta entidade referindo igualmente que o movimento poderia alastrar para outros sectores. A CGT juntamente com outros sindicatos convocou uma greve geral para o próximo dia 18 de Outubro, sendo que ainda antes, no domingo, a oposição de esquerda -a NUPES-, convocou uma manifestação contra o aumento do custo de vida.

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