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França

Aumenta a pressão com trabalhadores da Total em greve há mais de uma semana

Em França, as filas de espera aumentam junto de muitas bombas de gasolina, especialmente no norte do território, depois de mais de uma semana de greve dos trabalhadores da TotalEnergie que bloqueia várias refinarias e depósitos do país para reclamar aumentos salariais. Lançada no dia 27 de Setembro, esta paralisação convocada pelo sindicato CGT não parece ter solução imediata à vista e a falta de combustível começa a fazer-se sentir em algumas bombas de gasolina.

A greve dos trabalhadores da Petrolífera Total decorre desde do dia 27 de Setembro de 2022.
A greve dos trabalhadores da Petrolífera Total decorre desde do dia 27 de Setembro de 2022. Reuters
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Em causa está o aumento do custo de vida e os benefícios record da TotalEnergie, um dos grupos mais rentáveis de França. Só no primeiro semestre deste ano, a empresa teve 10,6 mil milhões de Dólares de receitas.

O sindicato CGT reclama 10% de aumentos para 2022, ou seja 7% para se adaptar à inflação e 3% para a "repartição de riqueza". Já a direcção da petrolífera argumenta que já concedeu aumentos numa média de 3,5% e que já previstas negociações sobre novos aumentos para 2023 no próximo dia 15 de Novembro.

Hoje, a mobilização continua, tanto nas refinarias da Total na cidade do Havre no norte, e de La Mède no sul do país, como nos depósitos de Dunquerque no norte e de Grandpuits, em região parisiense, este movimento tendo inclusivamente alastrado para as duas refinarias francesas da Esso-ExxonMobil, concorrente americano da Total. De acordo com o governo, 15% das bombas de gasolina do país estão a conhecer falhas de fornecimento de um ou vários tipos de combustíveis.

Perante esta situação, o governo francês autorizou excepcionalmente a circulação de camiões cisterna no Domingo para tentar mitigar o impacto deste movimento, tendo sido igualmente decidida a activação pontual da utilização das reservas estratégicas do Estado nas regiões mais afectadas.

Paralelamente, o governo também aumentou a pressão sobre a direcção da TotalEnergie. Ao referir "estar em contacto com a Total para facilitar o diálogo social", o executivo francês também reclamou "um esforço das empresas afectadas pela greve" no sentido de tomar em consideração as reivindicações dos grevistas, tendo em conta os seus "bons resultados" financeiros.

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