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França/Turismo/Covid-19

França anuncia plano "sem precedentes" de 18 biliões de euros para resgatar o turismo

A França, que quer continuar a ser o primeiro destino turístico mundial, sector que representa mais de 7% do PIB e 2 milhões de empregos, directos e indirectos, anunciou esta quinta-feira um plano de 18 mil milhões de euros, destinado a resgatar o turismo, fortemente abalado pela pandemia de Covid-19.

França quer continuar a ser N°1 do Turismo mundial, mau grado a pandemia de Covid-19, governo anuncia plano de ajuda de 18 mil milhões de euros.
França quer continuar a ser N°1 do Turismo mundial, mau grado a pandemia de Covid-19, governo anuncia plano de ajuda de 18 mil milhões de euros. © THO - Benoit Tessier摄影
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Apesar de desde o início do desconfinamento a 11 de Maio, o número de novos infectados pelo Covid-19 rondar diariamente os 300 e de a França não conseguir ainda realizar os 100.000 testes diários prometidos pelo primeiro-ministro francês Édouard Philippe, este anunciou nesta quinta-feira (14/05) um plano "sem precedentes, massiço e necessário" de 18 mil milhões de euros para resgatar o turismo, fortemente devastado pela pandemia da COVID-19.

A França é o primeiro destino turístico mundial com 90 milhões de turistas estrangeiros em 2019 que geraram 160 mil milhões de euros de receitas, mas os cafés, restaurantes, museus, edifícios públicos, parques de recreio e grandes armazéns, estão encerrados em França desde meados de Março, enquanto hoteis e parques reabrem progressivamente desde 11 de Maio.

A França está dividida em zonas verdes e vermelhas - caso da região parisiense e nordeste do país - mas se a evolução da pandemia for contida, os bares e restaurantes poderão começar a abrir a partir de 2 de Junho nas zonas verdes, garantiu esta quinta-feira Édouard Philippe.

Mas a retoma será paulatina e constrangida por medidas sanitárias estrictas, como o distanciamento social de quatro metros quadrados entre cada cliente, logo menos mesas, menos pessoas e receitas em queda livre nestes estabelecimentos comerciais.

"O que atinge o turismo atinge o coração da França e salvar o sector é uma prioridade e o plano excepcional tem dois eixos: 1° aguentar, limitando as falências e despedimentos, 2° traçar perpsectivas e preparar activamente a reabertura", disse Édouard Philippe, ao divulgar o pacote de ajuda financieira de 18 mil milhões de euros, que inclui 1,3 mil milhões de euros de investimento público directo.

O Estado prevê uma série de medidas destinadas às empresas e profissionais do Turismo, como a manutenção até ao final de 2020 do fundo de solidariedade para as empresas - cujo montante poderá ser de até 10.000 euros - a exoneração de impostos sociais e patronais dos meses de Março e Junho, o que representa mais de 2 mil milhões de euros, ou ainda o financiamento até ao fim do ano do fundo de desemprego parcial dos trabalhadores do sector.

O primeiro-ministro anunciou ainda que os "franceses poderão sair de férias em França, metropolitana e ultramarina, nos meses de Julho e Agosto" sob reserva de "possíveis reacções muito localisadas" em função da evolução da pandemia, mas garantiu que os operadores turísticos se comprometeram a reembolsar os clientes, em caso de anulação devido à progressão da pandemia de Covid-19.

 

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Edouard Philippe, primeiro-ministro francês

 

 

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