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Artes

Novo EP de Blu Samu vai ter canção em português

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A cantora de hip-hop luso-belga Blu Samu está a preparar um novo EP para ser lançado “no final de Abril, início de Maio”. O novo trabalho vai ser “mais íntimo e mais introspectivo” e vai ter uma canção em português. A RFI esteve à conversa com a artista em Paris, a 13 de Fevereiro, durante a sua passagem pela sala “La Cigale”, no âmbito da digressão com o grupo de rock e indie pop Balthazar.

Blu Samu prepara novo EP.
Blu Samu prepara novo EP. Blu Samu
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Este álbum vai ser mais introspectivo, mais vulnerável, mais íntimo”, contou Blu Samu na sala “La Cigalle”, a 13 de Fevereiro, ao segundo dia de concertos em Paris durante a digressão com a banda belga Balthazar.

O próximo trabalho vai ter “uma música portuguesa com raízes muito tradicionais” vistas por uma artista contemporânea do hip-hop que emergiu em palcos de Bruxelas, destacou-se nas plataformas digitais e foi apontada como “uma das promessas da cena musical belga”.

Blu Samu, nome artístico de Salomé Magalhães, nasceu em Antuérpia, na Bélgica, mas cresceu em Santa Maria das Lamas, em Portugal, até aos cinco anos. Fala do português como “uma língua mais íntima”, de Portugal como o seu país, não esconde “essa saudade bruta” e “a sorte” que teve em crescer numa aldeia portuguesa. Portugal também lhe deu “a força para sonhar”.

Em Junho de 2018, Blu Samu lançou um primeiro EP, “Moka”, com seis canções de um hip-hop mais jazzy e r’n’b, com algumas rimas em português. Em Novembro, lançou o segundo EP, “ctrl alt del", num registo mais bruto e mais sombrio em que mostrou “coisas que pensava que, se calhar, não havia espaço para isso na música”. “Mas há sempre lugar para as coisas verdadeiras, há sempre lugar para quem tu és neste mundo”, conta.

O álbum de estreia “será para 2021” porque é importante aprender primeiro com os EP’s que para “aprender mais sobre os instrumentais, sobre o mixing, o mastering, a voz”. A sua carreira de “artista independente” tem sido uma luta mas também tem encontrado “pessoas que acreditam mesmo no projecto”. “É como ir comprar uma maçã ao supermercado ou plantar uma árvore de maçãs no teu jardim. A impressão que eu tenho de ser artista independente é que demora muito tempo antes da árvore sair, tens de por muita água, sol, às vezes chove demais e vais ter de por coisas à volta para que a árvore não morra. Mas, se tudo correr bem, daqui a um aninho ou dois vais ter uma árvore cheia de maçãs.”

Uma conversa sobre raízes, soul, jazz e hip-hop, maçãs e macieiras, amor, avó portuguesa, saudade, línguas, sonhos e projectos para o futuro. Oiça a entrevista neste programa ARTES.

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