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Itália/Crise

Demissão de ministros do partido de Berlusconi abre nova crise política na Itália

Todos os cinco ministros do Partido da Liberdade do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi pediram demissão neste sábado, 28 de setembro de 2013. O premiê italiano, Enrico Letta, chamou o gesto de louco e irresponsável. É o fim da coalizão no poder na Itália há cinco meses.

Ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.
Ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. REUTERS/Alessandro Bianchi
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A demissão coletiva é o último ato das manobras do PDL, de centro-direita, para impedir que Silvio Berlusconi, condenado por fraude fiscal, perca seu mandato de senador. A ideia foi do próprio Berlusconi que pediu a seus partidários para deixarem o governo.

O ex-primeiro-ministro italiano diz que Enrico Letta não respeitou o pacto da coalizão entre seu partido e o Partido Democrata (de centro-esquerda). Berlusconi acusa o premiê de ter dado um ultimato inadmissível e inaceitável ao PDL ao pedir um voto de confiança no Parlamento e de ter congelado todas as decisões do governo.

Diante das ameaças constantes dos partidários de Berlusconi, Enrico Letta havia anunciado ontem que iria pedir um voto de confiança ao parlamento. Enrico Letta pode agora tentar formar uma nova coalizão e evitar a convocação de eleições legislativas antecipadas. Mas isso é muito incerto. O presidente Giorgio Napolitano deve nos próximos dias anunciar sua decisão para sair da crise.

A improvável coalizão de direita-esquerda do premiê Enrico Letta, no poder há cinco meses, havia conseguido a confiança dos mercados. Essa nova crise vai atrasar ainda mais importantes reformas para tirar a terceira economia europeia da recessão que já dura dois anos.
 

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