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Itália/Política

Monti não participa das legislativas, mas se diz pronto para dirigir o país

O chefe do governo italiano, que pediu demissão do cargo na última sexta-feira, anunciou nesse domingo que não pretende participar das eleições legislativas previstas para fevereiro. No entanto, Mario Monti se disse disposto a dirigir o país se o Parlamento aceitar seu plano de reformas da Itália. O ex-comissário europeu aproveitou a ocasião para criticar o seu antecessor Silvio Berlusconi.

Mario Monti durante a entrevista coletiva nesse domingo em Roma.
Mario Monti durante a entrevista coletiva nesse domingo em Roma. REUTERS/Alessandro Bianchi
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Depois de muito suspense, Mario Monti finalmente confirmou na manhã desse domingo que não pretende participar das eleições legislativas que serão realizadas no país em 24 e 25 de fevereiro. No entanto, o chefe do governo, que anunciou sua saída do cargo na sexta-feira, deixou no ar a possibilidade governar o país se necessário. “Estou pronto para assumir um dia, se as circunstâncias o justificarem, as responsabilidades que seriam atribuídas a mim pelo Parlamento”, disse Monti.

A participação do chefe do governo no futuro político da Itália dependeria da validação de seu programa de reformas, que deve ser divulgado na semana que vem. Já se sabe que o projeto, apresentado pelo dirigente como uma agenda “para mudar a Itália e reformar a Europa”, contará com uma lei anti-corrupção, um programa de liberalização e uma reforma da lei eleitoral. “Para as forças que manifestam uma adesão convicta e credível ao programa Monti, estou pronto para dar minha opinião, meu apoio, e se me pedirem, a dirigi-los”, enfatizou o ex-comissário europeu.

O presidente do Conselho italiano também aproveitou a entrevista coletiva para fazer um balanço detalhado de seus 400 dias à frente do país, além de atacar seu antecessor Silvio Berlusconi. “A crise financeira foi vencida, sem ajudas europeias e sem ajuda do FMI”, lembrou o líder italiano. “Os italianos podem novamente manter a cabeça erguida como cidadãos europeus”, celebrou Monti, ressaltando a situação delicada em que o país se encontrava quando substituiu seu rival.

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