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Itália/Eleições

Mario Monti mantém suspense sobre eventual candidatura

A campanha para as eleições legislativas italianas de fevereiro de 2013 foi oficialmente aberta, após a demissão de Mario Monti do cargo de primeiro-ministro da Itália, na sexta-feira. Os parceiros europeus, a Igreja e os empresários pressionam Monti a se candidatar. Mas o ex-comissário europeu só deve anunciar sua decisão na manhã deste domingo.

O premiê italiano, Mario Monti, pediu demissão do cargo na sexta-feira, 21 de dezembro de 2012.
O premiê italiano, Mario Monti, pediu demissão do cargo na sexta-feira, 21 de dezembro de 2012. REUTERS/Eric Gaillard
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Como manda a Constituição, o presidente italiano, Giorgio Napolitano, começou a consultar neste sábado, 22 de dezembro de 2012, a Câmara, o Senado e grupos parlamentares, antes de dissolver o Parlamento e convocar as eleições legislativas antecipadas, previstas para 24 e 25 de fevereiro. O chefe de governo italiano Mario Monti pediu oficialmente demissão na sexta-feira, logo depois do Parlamento adotar o orçamento para 2013, que obteve o voto de 309 deputados. Ele permanece no cargo até data das próximas legislativas, mas hesita em se lançar candidato a sua própria sucessão.

Mario Monti foi solicitado com insistência a entrar na disputa das legislativas, liderando uma coalizão de ex-democratas cristãos e laicos do “Movimento para uma Terceira República”, de Luca di Montezemolo, executivo da Ferrari. O ex-comissário europeu deve revelar suas intenções na manhã deste domingo, durante uma entrevista coletiva de fim de ano à imprensa. Mas vários analistas políticos italianos ressaltaram neste sábado sua hesitação.

“Monti freia sua entrada na política” escreveu o Corriere della Sera. O Repubblica acredita que o ainda primeiro-ministro tende a dizer não a uma eventual candidatura. O La Stampa é ainda mais afirmativo: “Monti escolheu ficar como reserva da República”. Segundo o jornal, ele poderia ser nomeado novamente primeiro-ministro se não houver uma maioria clara nas eleições de fevereiro, ou então poderia ser eleito presidente no lugar Giorgio Napolitano, cujo mandato termina em maio de 2013.

Nomeado em novembro de 2011, Monti, ex-comissário europeu, teve a difícil tarefa de substituir Silvio Berlusconi, envolvido em diversos escândalos de corrupção, e de salvar a economia do país diante de uma das piores crises já enfrentadas pela zona do euro.
 

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